Os riscos de se pular o café da manhã

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www.tbfoto.com.br HYATT - SP/SP - 10/07/2011 Foto: Tadeu Brunelli ATENÇÃO: Toda foto deve ser publicada com o crédito do autor, de acordo com a Lei Nº 9.610 de 19/02/1998.

Quem tinha esse hábito apresentou pressão arterial mais alta, IMC maior e mais gordura no sangue – além de uma circunferência mais generosa.
Por mais trivial que pareça, o hábito de pular a primeira refeição do dia tem impacto direto na saúde. Fazer um hiato tão grande na alimentação já apareceu ligado a problemas como ganho de peso, risco elevado de diabetes e comprometimento do aprendizado de crianças. E os resultados de um novo estudo espanhol permitem adicionar mais um item a essa lista. Deixar de lado o café da manhã pode, também, prejudicar o coração, aumentando a chance de desenvolver problemas como a arteriosclerose. A doença compromete o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos órgãos, e pode desencadear problemas mais graves como hemorragias internas e AVCs.
A pesquisa analisou a saúde e os hábitos de 4.052 pessoas. Todas eram funcionárias de um banco e não tinham na família histórico de problemas cardiovasculares. Eles passaram por uma série de avaliações médicas, que extraíram dados como seu IMC (índice de massa corporal) e seus níveis de colesterol. Além disso, os cientistas consideraram critérios como escolaridade, tabagismo, e se os voluntários praticavam atividades físicas.
Do total de participantes, 25% aproveitava bem café da manhã, consumindo pelo menos 20% de suas 2 mil calorias diárias nesse momento. A maioria das cobaias (70%), porém, não dava tanta bola assim para o desjejum, consumindo entre 5 e 20% de sua cota diária na primeira refeição. E 3% deles gastavam até 5 minutos no café da manhã, mandando para dentro apenas uma xícara de café ou um suco de frutas – ou não comendo absolutamente nada ao acordar.
Para esses últimos, o cenário foi o pior: quem não tomava café registrou uma circunferência maior do quadril, IMC e pressão arterial mais altos, mais lipídios no sangue e níveis mais altos de glicose no período em jejum. Além disso, o grupo acumulava 1,5 vezes mais gordura nas artérias – em comparação à quem consumia 20% ou mais de suas calorias diárias em sua refeição matinal. Em algumas regiões, o total de gordura chegava a ser 2.5 vezes maior.
Quem se encaixava nessa categoria também relatou consumir mais carne vermelha, beber mais álcool e fumar mais.