Os números da crise

2015-04-10_190211

Os efeitos da crise econômica continuam causando desemprego e falências nos empreendimentos. Este reflexo continua a ser retratado no estudo mensal realizado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). A carta de junho do mercado formal de trabalho levantado pela universidade aponta para 203 postos de emprego fechados na cidade em junho. Já o acumulado dos últimos 12 meses ficou no doloso negativo de 1.387.
No entanto, apesar de o Rio Grande do Sul figurar no índice negativo, o Brasil como um todo apresentou melhores índices: 9.821 vínculos de trabalho positivos, com destaque para o setor de agropecuária.
Sem emprego fixo, resta a criatividade. Entre as apostas para criar renda, desponta o empreendedorismo. Tanto com empresas de porte, quanto pequenos negócios individuais, foram criadas 860 novas empresas neste primeiro semestre, em Bento Gonçalves, 150 a mais que no mesmo período de 2016.
Somando-se a estas novas empresas, 432 novas microempresas nasceram neste primeiro semestre em Bento, sendo 97 a mais do que no mesmo período de 2016. Com certeza, o índice de desemprego só não é maior, por causa da vocação empreendedora, que contribuiu de janeiro a abril deste ano, com R$ 31 milhões em impostos municipais.
Por outro lado a Gazeta foi descobrir com as agências de emprego da cidade qual é o perfil de quem está fora do mercado de trabalho: jovens na grande maioria que buscam a primeira oportunidade de emprego, que ainda não concluíram o Ensino Médio. Este, segundo os RHs, é um claro sinal de que a formação é primordial para uma colocação no mercado formal.
Mas um segmento novo é a da faixa etária entre 40 e 50 anos, que ficou muitos anos no mesmo emprego, demitidos por causa da crise, que engrossa os números dos que estão em busca de recolocação no mercado de trabalho.