Os estragos que faz uma má gestão

2015-04-10_190211

Por conta da não aprovação das contas públicas pelo TCE, muitas verbas conquistadas às duras penas nos Ministérios não puderam ser usadas. A prefeitura perdeu a certidão que habilitava movimentar contas de verbas, contrair empréstimos, etc e tal. Os estragos que estas gestões desastrosas (sim, tem mais três anos com número complicados que o Tribunal de Contas do estado nem chegou lá) fazem ao município, ainda vai levar muitos anos para serem expostos.
O caso da falta de oferta de vagas nas creches é um dos casos. Estas duas escolas não concluídas- que fazem parte da reportagem da Giana Milani e Rodrigo De Marco nesta edição – deixa à descoberto 240 crianças sem atendimento desde 2015, quando as obras da EMI Bertolini e EMI Santa Fé deveriam ter sido entregues.
O que temos hoje? Muitas crianças fora escola (sem número, pois a Secretária Municipal de Educação prefere esconder a cabeça na areia ao responder os questionamentos da Gazeta), muitas mães sem conseguir emprego por não terem onde deixar os filhos e depredação e roubo de material nos prédios inconclusos.

Mas o que importa é que a prefeitura ganhou dois “premios de gestão”, mas em projetos, já que a execução está deixando em muito a desejar.
Outra grave denúncia é o pedido de “colaboração” de R$ 100 para rematrícula das crianças que já conseguiram vaga. Muitas das famílias não tem da onde tirar, como é o caso de uma mãe moradora de um barraco na área invadida na Vila Nova III, que não quer seu nome divulgado para não “perder a vaga”, como se fosse um benefício e não uma obrigação.
A informação de que a prefeitura comprou todas as vagas ofertadas pelas escolas particulares também não é verdade, segundo o levantamento da associação das escolinhas. Em 2017 foram ofertadas pelas escolinhas particulares 556 vagas, mas a prefeitura comprou somente 401. Para 2018, há capacidade para acolher mais 500 crianças, é só o poder público cumprir a lei.
Estes valores investidos é que confundem os menos esclarecidos, que atacam os que conseguiram a vaga mesmo tendo maiores posses, como está estampada na reportagem desta edição. Não: o direito é de todas as crianças e se não conseguir vaga abram um processo no Ministério Público. É um direito assegurado por Lei Federal.