Que venha 2018!

2015-04-10_190211

Neste mês de dezembro está sendo votado as regras e verbas do município para 2018. A audiência pública em que se apresentou a LOA (Lei Orçamentária Anual) durou apenas 40 minutos, para definir onde serão investidos R$ 480 milhões. Assim, como se fosse decidir qual será o investimento da Secretaria de Agricultura. Não que agricultura não seja importante, mas como ficou meses acéfala, e não tem orçamento mesmo, 40 minutos estaria de bom tamanho para discutir os destinos da agricultura do município.
Um milhão de reais para o Esportivo, mais outra cifra astronômica para o Aeródromo, mas ninguém falou em investimentos na saúde, já que postos de saúde paralisam obras e tudo fica bem. Como tudo está bem, sem médicos no interior e quase nenhum nos postinhos dos bairros.
O quesito gastos com pessoal foi admiravelmente cômico. Na apresentação deste ano foi apresentado que vai ser consumido R$ 180 milhões : 52,79% incluindo terceirizado, quase encostando no prudencialmente permitido 53,99%. Mas e no ano que ultrapassou em muito e bateu o gongo do Tribunal de Contas do Estado, a “justificativa” da Secretária de Finanças não foi que o pessoal terceirizado foi incluído indevidamente? Afinal?
Na realidade, na prática não existe um orçamento municipal. A Prefeitura faz uma estimativa. E como é uma obra de ficção, vira e mexe a secretaria de finanças tem que ir ajustando. No exercício de futurologia, a Secretaria de finanças tem que calcular que a arrecadação seja um valor (que tem variantes como arrocho da economia, inadimplência etc), por melhor que sejam os técnicos, no final das contas é feito é no chutômetro.
Taí o projeto de abertura de crédito de R$ 27 milhões . Isto é um reconhecimento de um excedente de arrecadação (não previsto em dezembro de 2016). Isto é tecnicamente ruim, já que não houve um aumento de arrecadação, mas sim uma previsão errônea (e aquém). Agora Pasin tem um cheque em branco, com fundo de 27 milhões para fazer om que quiser. E, pela análise de investimentos deste ano, vai usar mal.
Vai continuar sem novas cagas em creches, vai continuar sem médicos nos postos dos bairros e interiores, vai continuar estrada ruim para escoar a safra, vai faltar remédio nas farmácias… enfim má gestão, mesmo calculando mal a arrecadação.
Bem-vindo 2018.