Está tramitando na Câmara Municipal de Bento Gonçalves o projeto do novo Regimento Interno. A última atualização foi em 2011 e, segundo nota enviada pela assessoria de comunicação, o documento atual está com “impropriedades técnicas”. A sessão de ontem à noite foi tomada por intervenções acaloradas. A base aliada, rachou para discutir se há ou não intenção de se diminuir o espaço na tribuna, e se as sessões não serão mais transmitidas pela tv.
Muito tempo gasto em umbiguismos, diferente de projetos que realmente importam ao município, como a aprovação da autorização da prefeitura vender 23 terrenos e/ou áreas de terras, sem a devida avaliação técnica e, sequer vislumbrar a destinação da verba. Ninguém discutiu na apresentação do projeto e ninguém vai discutir na votação final.
Mas, o tempo de posse do microfone e de aparecer na tv é digno de carnificina.
Voltamos ao ponto inicial: o vereador é eleito para o quê?
A administração Pasin está à míngua, sem verbas, sem poder fazer empréstimos, receber verbas estaduais ou federais por causa das contas não aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e os vereadores preocupados com o tempo de exposição ao público, como mostrou o debate da última sessão.
Que o regimento interno é importante, é sim, mas deve ser discutido em reuniões internas, fora dos holofotes para não queimar ainda mais a imagem, já tão degastada dos vereadores, que independente de partido, está esquecendo para que foi colocado naquela cadeira.
Boa leitura.
O umbiguismo e os problemas da cidade
