O discurso e a prática

2015-04-10_190211

Quem tem acompanhado – e prestado atenção – os discursos do Prefeito Pasin nos últimos anos notou uma evolução em dois sentidos opostos.
Nas primeiras tentativas, no início da primeira gestão, estava um jovem em frente ao microfone que não tinha o dom da retórica, mas conseguia se fazer entender. O Pasin que discursa hoje para uma plateia enfada, é o mesmo Prefeito que abriu a primeira reunião almoço do Centro da Industria e Comércio de 2017. Enfático, cheio de recursos de oratória,mas sem conteúdo ,proferindo uma avalanche de frases desconexas, mas com efeito, que foram retratadas na edição de 21 de março de 2017, quando a Gazeta reproduziu, em texto e vídeo, a tentativa fracassada de passar alguma mensagem. Se algum espectador presente prestou atenção, saiu da reunião, emocionado, mas sem entender o que o prefeito queria passar de mensagem.
Esta, afinal é a imagem desta administração: ninguém consegue saber qual é o propósito, nem Pasin, pelo que parece.
Desagrada a maioria e agrada a meia dúzia dos que chama de amigos. Com sérios problemas pela frente, já que não acolheu as recomendações do Tribunal de Contas do Estado, resultantes da auditoria da UCCI, que analisando os dados ( no processo 8130200153) era notória a situação deficitária do município medidas fossem tomadas a fim de amenizar o comprometimento financeiro do município. As medidas recomendadas que deveriam ser executadas a partir de 01.01.2016 seriam a implantação do turno único das 07h as 13h; demissão de secretários adjuntos; redução de estagiários, mantendo um somente para cada secretaria; alteração de contratos de trabalhos de terceirizados e até substituições.
Como se tem acompanhado, nada disto aconteceu. A análise das contas de 2015 já está para observação dos conselheiros. Em poucos dias,o resultado vai ser divulgado e pelo tamanho do processo com mais de três mil páginas, nada bom. Mas o discurso está empolgado, mesmo sem nexo. Um time de futebol continua sendo a menina dos olhos. Obra mesmo só um banheiro público. Nenhuma vaga nova foi comprada nas creches, como senão houvesse mais de 500 crianças em idade de quatro anos precisando de atendimento, por lei.
Assim o ano inicia, com o machado no pescoço, mas de prédio novo: 14 repartições públicas vão ocupar o prédio da antiga Todeschini, na rua 10 de novembro a R$ 77 mil mensais para os cofres públicos.