Novo modelo de aposentadoria exigirá que trabalhador poupe mais

2015-04-10_190211
O percentual se somaria à alíquota já descontada hoje no contracheque dos trabalhadores que varia entre 8% e 11%

O regime de capitalização que o governo pretende instituir com a reforma da Previdência pode obrigar os trabalhadores do setor privado a terem de fazer um recolhimento adicional entre 21% e 32% sobre seus rendimentos para poderem receber um salário mais alto na aposentadoria. Esse percentual se somaria à alíquota já descontada hoje no contracheque dos trabalhadores que varia entre 8% e 11%.

Aumento
Um trabalhador que ganha R$ 16 mil teria que descontar R$ 3.200 e não apenas os R$ 1.200. Essa simulação considera uma pessoa que entra no mercado de trabalho aos 20 anos de idade, contribui durante 35 anos, se aposenta aos 55 anos e receberá a aposentadoria complementar até os 85 anos de idade.

Uso do FGTS
Foram aplicados nessa conta uma taxa de juros real de longo prazo de 4% a 5% e um crescimento real de salário na faixa de 1% e 1,5% ao ano. O objetivo do estudo é contribuir para o debate e alertar as pessoas para a trajetória de queda nos juros. Ele destacou que, com juro real de 6%, é possível fixar uma alíquota de contribuição de 12%. No entanto, se os juros baixam para 4%, por exemplo, é preciso dobrar o percentual.

Especialistas
Segundo estudo dos economistas do BNDE “a definição de uma alíquota que permita uma renda razoável aos trabalhadores na capitalização é um desafio, considerando que a tendência é de queda na taxa de juros. Quanto mais baixo for o rendimento das aplicações, mais alta precisa ser a alíquota de contribuição ou mais tempo será preciso contribuir para que o trabalhador mantenha o poder de compra quando se aposentar”.