Novas regras para tentar manter bandeira laranja, não contempla fiscalização em locais públicos de aglomerações

2015-04-10_190211

Com o retorno da região à bandeira laranja, Guilherme Pasin afirma ter sido necessário o acréscimo de medidas restritivas, para garantir a estabilização dos casos no município.

Tema de casa
Apesar de lançar mão de rigidez de fiscalização para o setor produtivo (comércio, indústria e serviços), o prefeito Pasin é o único que não está fazendo o tema de casa: fiscalizar as aglomerações públicas que estão retratadas diariamente nas redes sociais, como o parque da UCS que recebe centenas de pessoas todos os finais de semana para tomar sol e chimarrão, devidamente registrado pelos internautas, como também a avenida Planalto e suas praças onde se acotovelam pessoas ao sol para quem quiser ver. Estes dois casos não são os únicos, internautas postam o que ocorre em estabelecimentos que servem bebidas ao ar livre na área rural, onde, em meio à taças de vinho e até fogueiras a aglomeração é registrada no Instagram às centenas. Sem falar das imagens registradas com amor pelos internautas, no dia dos namorados, em pizarias lotadas, sem espaço até para os garçons circularem: o resultado da falta de conscientização dos moradores foi divulgado nesta quarta, 24, com 148 confirmações de contaminação.

Um recorde, reforçando a premissa que o Prefeito é o único que não está fazendo o tema de casa, já que os empresários unidos levantaram quase um milhão de reais para construir 40 leitos para atendimento do SUS além de mobiliar, aparelhar, sem contar com as diversas doações para o hospital e o sistema de saúde municipal (que vai ser divulgado nos próximos dias pelo Centro da Indústria e Comércio).Resumindo: o setor produtivo está fazendo mais do que sua parte em adotar medidas restritivas e de segurança, além de contribuir para impedir o colapso do sistema único de saúde. Pouco vai adiantar as medidas “mais duras” adotadas por Pasin, depois do sufoco de ficar por alguns dias na bandeira vermelha e sendo cobrado pela sociedade, se não houver um esforço efetivo em coibir aglomerações. Entre as principais medidas de recrudescimento de Pasin a “meia boca” de autorizar o funcionamento “mediante autorização especial do município” ginásios e clubes esportivos, como também academias e escolas de dança, sob a ameaça de “fechar os estabelecimentos que não cumprirem as normas”, declarou, se sentindo com o dever cumprido: “Eu tenho plena convicção que se nós não cuidarmos dos nossos comportamentos individuais, aí poderemos retroceder”, declarou em entrevista coletiva online. Dentre as normas divulgadas está a permissão da entrada de apenas uma pessoa do grupo familiar em supermercados, padarias, açougues e similares, além da permissão de funcionamento de bancos, lotéricas e correspondentes bancários aos finais de semna. Entre as medidas está a permissão para o funcionamento de atividades de ensino de formação técnico profissional, de idiomas, culturais, cursos preparatórios, treinamentos e similares, devendo restringir o número de alunos por horário, sendo atendidos 3 (três) alunos por professor, por ambiente ou sala; vedada a participação de menores de 12 anos e maiores de 60 anos

Casas noturnas não
O funcionamento das lojas de conveniência dos postos de combustível tem horário restrito (apenas entre às 6h e às 20h) e reforçou as condições de abertura de estabelecimentos como bares e pubs. Esses, conforme o documento, somente podem funcionar se tiverem como atividade principal a categoria “Restaurante”, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). O atendimento é até às 22h, podendo funcionar com sistema “delivery” ou “pague e leve” depois desse horário. Fica vedado o funcionamento de casas de festas, de recreação, casas noturnas e boates.

Feira Ecológica
Sobre a feira ecológica e do produtor rural, o decreto municipal determina que regramentos serão previamente definidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Agricultura, sem especificar quais e sem admitir que vai ficalizar a movimentação de consumidores que se aglomeram e não respeitam o distanciamento das fitas de isolamento dos adotadas pelos feirantes que também estão usando equipamentos de proteção.