O cheque especial deve ganhar novas regras nos próximos meses. Os juros do rotativo do cartão de crédito e do cheque especial são os mais atos do segmento, superando os 300% ao ano em fevereiro, o que motivou o Banco Central a negociar com as instituições financeiras novas alternativas.
O objetivo é reduzir período que os clientes do banco ficam no cheque especial, modalidade criada, em teoria, para conceder algum dinheiro ao cliente destinado apenas para emergências, e, portanto, por pouco tempo. Na prática, não é bem o que acontece. Muita gente permanece muito tempo com o saldo negativo e vendo a dívida crescer cada vez mais, dificultando seu pagamento.
Cheque especial
A nova medida, uma autorregulação da Febraban, começa a funcionar a partir de julho, e prevê que quem usar mais de 15% do limite do cheque especial receberá uma proposta do banco, oferecendo um serviço de parcelamento com juros menores, podendo aceitá-la ou não. O cliente também será notificado a respeito da utilização do cheque especial quando entrar na modalidade.
“O valor do limite de crédito do cheque especial disponível para utilização deverá ser informado nos extratos de forma clara e apartada de modo a não ser confundido com valores mantidos em depósito pelo consumidor na conta corrente”, detalha a Febraban. Caso não aceite a proposta e continue devendo, ele receberá uma nova alternativa no mês seguinte.
“As novas regras para o cheque especial fazem parte do compromisso dos bancos em melhorar o ambiente de crédito, para facilitar a redução dos spreads bancários e também em orientar o consumidor sobre o uso adequado de produtos e serviços”, explica a federação.