Nova droga em testes para diabetes controlou Alzheimer de ratos, diz estudo

2015-04-10_190211
Ainda, cientistas também conhecem que células de pessoas com Alzheimer não aproveitam a glicose da mesma maneira que pessoas sem a doença

Cobaias em idade avançada melhoraram memória e conseguiram sair mais facilmente de labirinto após uso de composto testado originalmente para controle da diabetes

Um medicamento de última geração em estudo para o tratamento da diabetes tipo 2 também mostrou resultados promissores em cobaias de idade avançada com Alzheimer.
Estudos com a droga, que ainda não está disponível comercialmente para nenhuma das condições, já estão avançados para a diabetes: o composto conseguiu reverter com sucesso sintomas da doença em níveis similares ao da cirurgia bariátrica.
Já em testes prelimimares com cobaias portadoras de Alzheimer, o composto conseguiu reverter “significativamente” falhas de memória em camundongos. O estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Lancaster (Reino Unido), foi publicado na revista científica “Brain Research”.
O novo composto é uma espécie de um “coquetel”: a droga utiliza a ação combinada de três substâncias (GLP-1, GIP e Glucagon) para tentar reverter com sucesso níveis tóxicos de glicose no sangue.
Embora a pesquisa não tenha detalhado exatamente como o controle da glicose também melhora a doença neurogenerativa, pesquisas anti-Alzheimer com drogas ‘emprestadas’ da diabetes não são novas: a ciência já sabe que pessoas com diabetes têm maior risco para a demência.
Ainda, cientistas também conhecem que células de pessoas com Alzheimer não aproveitam a glicose da mesma maneira que pessoas sem a doença.
A relação, assim, sugere que disfunções na glicose podem estar envolvidas no mecanismo da doença.

Cobaias conseguiram sair de labirinto mais facilmente
Para os testes com o Alzheimer, cientistas utilizaram um grupo de cobaias em idade avançada que apresentavam a doença degenerativa.
Antes de serem colocados em um labirinto, parte dos ratos recebeu a droga e a outra parte não recebeu o composto.
Após os testes, cientistas observaram que aqueles que haviam recebido a substância tiveram resultados significativamente melhores e conseguiram sair do labirinto com mais facilidade.
Pesquisadores também demonstraram que o composto melhorou níveis de um fator de crescimento que melhora a função de células neuronais.