No CIC-BG, Caixa se aproxima de vitivinicultores da Serra

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Banco dispõe de R$ 35 bi em recursos para a safra 2021/2022

A Caixa Econômica Federal anunciou durante evento no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), que irá promover programas para fortalecimento das produções de vitivinicultora na região, com o aporte financeiro de R$ 35 bilhões em recursos para a safra 2021/2022. Deste montante, R$ 17 bi será para custeio, R$ 10 bi para investimentos e R$ 8 bi para pós-colheita.

Os dados demonstram a importância da chegada dos recursos para a região. Conhecida como a maior região vitícola do país, de onde sai 90% do vinho elaborado no Brasil, a Serra Gaúcha tem na produção de uvas uma das bases de sua economia. Cerca de 20 mil famílias do Rio Grande do Sul tiram das videiras o seu sustento – o que justifica, por si só, a necessidade de elas terem acesso a linhas de crédito.

As linhas de custeio do banco irão atender a agricultura familiar (Pronaf), médios produtores (Pronamp) e demais produtores (custeio empresarial), além do custeio de integração para agroindústrias e do custeio para cooperativas de produção.

Como funcionarão as linhas de crédito

As taxas ficam em 7,5% para o custeio na categoria enquadrada como demais produtores, com limite de R$ 3 milhões – chegando a R$ 4 milhões conforme a cultura. O custeio de integração tem a mesma taxa, com limite de R$ 240 mil por produtor integrado, enquanto para o Pronamp a taxa fica em 5,5%, com limite de R$ 1,5 milhão, podendo chegar a R$ 1,75 milhão de acordo com a cultura.

Para o Pronaf, há duas linhas. No grupo I (produtos animais relacionados à cesta básica), a taxa é de 3% e no grupo II, de 4%, ambas com limite de R$ 250 mil. O superintendente nacional de Agronegócio da Caixa Econômica Federal, Jaime Daniel Silva, destacou como a Caixa se posiciona quanto ao avanço das produções. “Nossa ideia é ser um player relevante no agro. Queremos propiciar o ganha-ganha, nem um negócio é bom quando é bom para só um dos lados. Nossa percepção é construir um negócio em que os produtores ganhem, que a Caixa ganhe e que os produtores ganhem”, disse Silva.

Ao final do encontro, representantes das cooperativas vinícolas se reuniram com a equipe da Caixa para formular um documento a fim de que possam ser atendidas algumas demandas do setor. Entre elas, o aumento do valor, hoje limitado a R$ 15 milhões, para as cooperativas poderem buscar investimentos a juros de Pronaf.

Novos investimentos

A presidente do CIC-BG, Marijane Paese, lembrou da expressão econômica da vitivinicultura da Serra. “O setor precisa e merece incentivo, pois tem potencial de desenvolvimento, tanto no reconhecimento de seus produtos, que já são internacionalmente premiados, bem como no turismo regional, especialmente no viés do enoturismo”, observou.

No evento, o senador Luis Carlos Heinze também anunciou recursos para o segmento vitivinícola. Através da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o setor receberá R$ 5 milhões. Ele também divulgou recursos de R$ 250 mil para a aquisição de um equipamento pela Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, e de R$ 529 mil para pesquisas na Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado (EFCT) do órgão, em Vacaria.