Nesta terça-feira está previsto o desfecho da possibilidade da permuta dos terrenos do Estado com a empresa que poderá construir o novo Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Apesar da empresa Verdi ter confirmado interesse pela negociação e já ter construído diversas casas penitenciárias no país, não está tudo tão certo como a prefeitura divulgou em seu site.
Os terrenos onde estão o atual presídio e delegacias, o Daer e a casa do superintendente da autarquia foram avaliados em R$25 milhões pelo governo de Sartori. Falido e sem condições de arcar com a obra, o Estado quer preço cheio, mas corre à boca miúda, que a Verdi ofertou somente R$ 17 milhões. Com a diferença muito grande, o Secretário de Segurança do Município vê seu sonho de brilhar politicamente, melar.
A crise imobiliária reflete ainda no município. A abertura dos envelopes das ofertas de venda dos terrenos da prefeitura também foi um fiasco: 1% do almejado.
Dos 21 imóveis colocados à venda com a pretensão de arrecadar no mínimo R$ 4,5 milhões, apenas um terreno, na beira do Rio das Antas, recebeu uma proposta: de R$44 mil. Podendo utilizar os recursos apenas para despesas de capital, aquisição de novos imóveis, ou aplicação ( ou seria devolução?) no Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor Público (FAPS Bento), o executivo já acenou com nova licitação para tentar concluir as vendas. Aliás, o valor arrecadado com a venda é o mesmo que a prefeitura deu de contrapartida na construção de um pórtico em São Pedro.
Enfim, não está nada fácil para Pasin, que corre atrás do prejuízo de ter números ruins divulgados em reportagens e pedidos de investigação e anda fabricando notícias que possam amenizar o desconforto de tanta exposição negativa.
Não há notícia fabricada que estanque a realidade
