Mudanças que causamos nos pugs ao longo da história

2015-04-10_190211
Em 2016, a Associação Britânica Veterinária iniciou uma campanha na tentativa de desencorajar as pessoas a comprar ou adotar a raça

Os pugs hoje podem ser considerados uma das raças de cães mais populares do mundo. Parte dessa fama, no entanto, pode ser atribuída ao filme “Homens de Preto”, que em 1997 apresentou ao mundo Frank (um cão falante) e também à internet, que por meio de memes, fotos e vídeos ajudou a alavancar as vendas desses animais.
O desejo de possuir um desses adoráveis cachorros é enorme. No entanto, por trás de tudo isso há uma história terrível marcada pelo egoísmo humano e indiferença para com a espécie.
A reprodução seletiva da raça se tornou, a grosso modo, uma forma invisível de abuso animal. Pela tentativa de gerar características específicas, os cães ficaram fadados a problemas de saúde crônicos, fazendo desta a raça que mais exige cuidados veterinários.
Os pugs normalmente sofrem com problemas nos quadris e respiratórios, são mais suscetíveis a choques térmicos e seus olhos salientes e focinho plano causam leões oculares com mais frequência.
Eles também sofrem mais com paladar alongado, narinas estenóticas, síndrome de Legg-Calvé-Perthes (uma doença degenerativa que afeta os quadris) e entrópio (doença que causa o reviramento da pálpebra). Ainda, ocasionalmente são relatados casos de epilepsia na espécie.
A história
Originária da China, a raça, inicialmente foi criada exclusivamente para a realeza, uma vez que sua aparência física era muito diferente da dos outros cães. Suas pernas eram proporcionais ao corpo, eram mais magros, de nariz proeminente e cauda pequena – algo que resultou da malformação de vértebras.
Em 2016, a Associação Britânica Veterinária iniciou uma campanha na tentativa de desencorajar as pessoas a comprar ou adotar a raça. A intenção dos especialistas era que todos se tornassem cientes de que por trás do processo de criação há um enorme sofrimento que os animais nem sempre são capazes de suportar.