Movelsul Brasil prepara o maior Projeto Comprador de sua história

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Serão convidados para o Projeto Comprador importadores dos principais mercados-alvo para o setor moveleiro nacional e outros mercados com oportunidades verificadas

Otimismo nas exportações garantiu apoio da Apex-Brasil para ampliação da iniciativa na próxima edição da feira

As exportações da indústria brasileira em 2017 foram relevantes e tiveram uma expansão superior, inclusive, a do setor agrícola – que responde pela maior fatia das transações no mercado internacional. No polo moveleiro de Bento Gonçalves, por exemplo, enquanto o faturamento nominal geral teve queda 5,9% entre janeiro e outubro, as exportações, por outro lado, cresceram 6,4% no mesmo período, na comparação com o ano passado.
Apostando no otimismo do setor moveleiro em relação ao mercado internacional, a Movelsul Brasil prepara para 2018 um Projeto Comprador com 50 lojistas e distribuidores estrangeiros convidados para rodadas de negócios com indústrias e designers brasileiros durante a feira, de 12 a 15 de março de 2018. Essa é a maior edição já realizada e tem apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) por meio dos projetos setoriais Brazilian Furniture, da Abimóvel, e Raiz, do Sindmóveis.
Serão importadores dos principais mercados-alvo para o setor moveleiro nacional: Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, México, Peru, Colômbia, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, países da África e Reino Unido (com expansão para os demais países da Europa). Países com oportunidades de negócios identificadas também serão convidados: Índia, Austrália, Kuwait, Qatar, Bolívia, Aruba e Guatemala. Além desses, a Movelsul Brasil costuma receber um grande público de estrangeiros que vêm espontaneamente, atraídos pelas oportunidades de negócios com as empresas expositoras.

Posicionamento e vendas
Empresas como a J Marcon, líder na produção de salas de jantar, expandiu seu projeto de internacionalização graças à participação no Projeto Comprador da Movelsul Brasil. A indústria de Bento Gonçalves, que é expositora da feira, participa tradicionalmente das rodadas de negócios e pretende ampliar suas exportações em 5% a partir da próxima feira – totalizando em 2018 a exportação 10% de sua produção. Paraguai e Uruguai são hoje os principais destinos, com remessas periódicas de mesas e cadeiras. “A Movelsul Brasil contribui muito nesse processo, aproximando os clientes da fábrica e facilitando a apresentação da nossa marca para esses clientes”, pontua o gerente Leonardo Marcon.
Ações como o Projeto Comprador reforçam o compromisso do Sindmóveis Bento Gonçalves com a cadeia moveleira como um todo, desde o fornecedor de insumos e tecnologias, passando pela indústria, até o serviço do designer. Para o presidente do Sindmóveis, Edson Pelicioli, a Movelsul Brasil é uma estratégia importante de posicionamento e vendas para a indústria moveleira, reforçada pelas ações voltadas às exportações do mobiliário brasileiro. “Acreditamos que o tamanho do mercado internacional e o potencial da indústria moveleira mais do que justificam o investimento nas exportações e negócios internacionais”.
O Projeto Comprador Movelsul Brasil é realizado pelo Sindmóveis Bento Gonçalves com apoio da Apex-Brasil, por meio dos projetos setoriais Brazilian Furniture (Abimóvel) e Raiz (Sindmóveis). Além desse, a Movelsul Brasil terá outras ações simultâneas reforçando a geração de negócios e conhecimento durante a feira, que se realiza de 12 a 15 de março de 2018, das 12h às 20h, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, com patrocínio de Sayerlack.

Integração com mercado internacional é estratégia essencial
Entrevista com o diretor Internacional do Sindmóveis, Leonardo Dartora
– Como as exportações podem ajudar as empresas a se manterem no mercado?
Leonardo Dartora – A integração com o mercado internacional é essencial para a sustentabilidade dos negócios no próprio mercado doméstico, ampliando a competitividade global, além do desenvolvimento da cadeia moveleira como um todo. Além dos ganhos de competitividade, as empresas aumentam sua resiliência e a capacidade de enfrentarem crises como a que o Brasil vem passando. Muitas empresas conseguem manter-se no mercado em função da sua atuação no mercado externo, ainda que represente um percentual pequeno em seu faturamento total.
– Quais as maiores dificuldades que as empresas brasileiras enfrentam para manter as exportações?
Leonardo Dartora – O mercado mundial de móveis tem importações de em torno de USD 150 bilhões, sendo que o Brasil detém menos de 0,5% desse mercado. Ou seja: as exportações brasileiras ainda têm muito espaço para crescer. Contudo, isso exige maior preparação e investimento, muito em função da alta concorrência e exigência de competitividade internacional. Acreditamos que as maiores dificuldades referem-se à gestão empresarial no sentido de uma estratégia consolidada de internacionalização, e também no que se refere a design e marca.
– Como elas podem driblar essas dificuldades?
Leonardo Dartora – Sem dúvida, com planejamento e estratégia consolidada de internacionalização, e também investimento em design, inovação e marca. O Sindmóveis possui um Comitê Internacional que gera conhecimento para as indústrias associadas e identifica oportunidades no mercado internacional.
– O que o consumidor estrangeiro mais procura no produto nacional?
Leonardo Dartora – Sem dúvidas, atributos ligados à sustentabilidade, inovação e design. Em termos de produtos, podemos citar que existe um apelo para produtos em diferentes madeiras brasileiras.
– Quais os novos mercados para o móvel brasileiro?
Leonardo Dartora – Os Estados Unidos são um foco importante. É a maior economia e o maior mercado consumidor de móveis do mundo, e ainda está em crescimento. O valor estimado de seu consumo de móveis é de mais de US$ 160 bilhões. Além do maior mercado e com grande potencial de negócios, também é um dos mais exigentes e competitivos, o que demanda uma maior preparação e investimento para realizar negócios internacionais. Além dos Estados Unidos, existem diversas oportunidades em mercados da América Latina, como México, Colômbia, Panamá e Peru, no Oriente Médio e Reino Unido, citando apenas alguns países e regiões.