Máscaras de pano oferecem proteção menor contra a ômicron

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Variante africana do Covid-19 tem maior poder de transmissão

Ainda há muitas incertezas no meio científico no que se refere à variante africana da Covid-19, a Ômicron. Porém, os cientistas afirmam com segurança que a nova versão do vírus tem um poder maior de transmissão. Diante da explosão de casos de Covid-19 nos últimos 30 dias, em especial na União Europeia e EUA, as máscaras cirúrgicas e de pano, embora as mais fáceis de serem encontradas no mercado, não são suficientes para garantir proteção.

É o que garante a Universidade de Vermont, que em recente estudo constatou que o vírus SARS-CoV-2 segue um mesmo padrão: se transmite da mesma forma e tem o mesmo tamanho. Mas há variáveis que ainda não foram totalmente dimensionadas: se as pessoas infectadas carregam mais vírus, se a localização da carga viral (nas vias superiores) facilita o caminho, ou se a quantidade de vírus necessária para infecção é menor. Logo, com uma carga mais transmissiva, as medidas de proteção têm que acompanhar o risco. E este cuidado também abrange o material as máscaras.

De acordo com os pesquisadores, a máscara mais segura é a PFF2, de preferência com a tira na cabeça, ou ainda, o modelo que prende atrás da orelha. Em terceiro lugar, a KN95, que é uma equivalente à PFF2, mas sem os mesmos certificados.

Caso nenhuma dessas esteja acessível, a recomendação é usar a cirúrgica com uma de pano por cima, nessa ordem porque a cirúrgica vai filtrar e a de pano terá o papel de ajustá-la melhor. Como última opção, a cirúrgica, bem ajustada, ou a de pano, com, no mínimo, duas camadas.

De qualquer forma, é importante levar sempre em conta dois pontos centrais: ajuste e filtração. Não adianta ser PFF2 se o ar sair pelas laterais. Ou a de pano bem ajustada, mas com tecido de tricô. Além disso, é importante considerar o conforto, para que a máscara seja corretamente utilizada, pelo tempo necessário.