Mais de 70 mil fotos de usuárias do Tinder foram roubadas

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Cerca de 70 mil fotos roubadas de usuárias do Tinder estão sendo compartilhadas em fóruns online de crimes cibernéticos, de acordo com o Gizmodo. A descoberta foi feita por pesquisadores da força-tarefa de combate ao sexo online da cidade de Nova York, nos Estados Unidos. As autoridades americanas ainda não sabem o que levou ao roubo das fotos, mas a disponibilidade dela para os cibercriminosos leva a crer que elas possam ser usadas para assediar e extorquir as próprias donas das imagens ou gerar perfis falsos para finalidades criminosas em várias plataformas online, entre outros atos ilegais.

Também há a suspeita de que algum desenvolvedor ou empresa tenha coletado as fotos no Tinder indevidamente, com a finalidade de treinar uma ferramenta de reconhecimento facial, situação que não seria inédita no aplicativo de relacionamentos — em 2017, uma subsidiária da Google capturou 40 mil fotos de usuários do serviço, sem autorização, para criar um conjunto de dados faciais. Boa parte destas fotos foram registradas recentemente, descoberta feita por meio da análise de metadados, elementos das fotografias e até pelo modelo do celular.
O site revela ainda que, junto ao banco de imagens, foi encontrado um arquivo de texto com dados de mais de 16 mil usuárias da rede, que podem ser as pessoas afetadas pelo vazamento.

O que diz o Tinder
Em contato com o Gizmodo, um funcionário do app de namoro informou que a empresa investiu em recursos adicionais de segurança desde que soube do problema, na tentativa de evitar o uso indevido do serviço. Porém, ele não revelou quais ferramentas foram essas. Outro detalhe apontado pela companhia é que todas as fotos postadas no Tinder são públicas, podendo ser visualizadas por qualquer usuário regular do aplicativo, embora ele não tenha sido criado para facilitar o download de grandes quantidades de imagens.