Maioria de jovens desempregados não tem Ensino Médio completo, diz agência

2015-04-10_190211
Segundo agência de emprego, maioria dos jovens de 18 anos não têm qualificação

Perfil dos desempregados varia entre os 18 e 50 anos de idade, mas jovens do primeiro emprego enfrentam dificuldades de colocação profissional

Com a onda de demissões do último ano, ocasionando no fechamento de mais de 1500 vagas de emprego na cidade, tem aumentado a procura por colocação profissional em diversos setores. De acordo com a assistente de uma das empresas contatadas, as empresas buscam profissionais que possuem no mínimo o Ensino Médio completo, porém, conforme Júlia, a maioria dos jovens com 18 anos não concluíram a educação básica.
“Atendemos muitas pessoas do primeiro emprego, que estão na faixa dos 18 anos, mas que pararam de estudar, o que complica bastante. Na última semana abriram vagas para área de arrumadeira e o pré- requisito era ter o ensino médio completo. As pessoas estão buscando profissionais qualificados, e infelizmente , a maioria desses jovens não estão preparados”, lamenta.
Ainda segundo Júlia, aumentou também a procura por emprego para pessoas entre 40 e 50 anos, demitidos após mais de 15 anos de trabalho numa empresa. A qualificação desses profissionais, no entanto, é um fator diferenciado para preenchimento de vaga. “Temos mais facilidade de empregar pessoas entre 40 e 50 anos do que os mais jovens, justamente por serem mais comprometidos com suas funções”, explica.
Segundo Maria Rita Rizzi, gerente de uma outra agência consultada, não há uma faixa etária específica que se destaca na procura por emprego. “A crise no país está afetado todas as faixas etárias de empregados, as empresas fizeram uma redução no quadro geral de funcionários. Realizamos o encaminhamento de mais de 100 pessoas por dia, entre jovens e pessoas da faixa dos 50 anos”, afirma.
A falta de experiência e comprometimento de jovens de até 18 anos foi comentada também pela assiste de outra agência de empregos. Para Sabrina Longo, a pouca experiência compromete a contratação do profissional. “Tem um pessoal do primeiro emprego, com pouca experiência, e como as industrias desligaram em massa, muitas pessoas da área de produção está buscando recolocação, desde auxiliar, até operador de máquinas, tanto para indústria moveleira, quanto a metalúrgica”, diz.