Jogo de cena

2015-04-10_190211

Depois de um estudo técnico de mais de um ano, entregue pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que consumiu em torno de R$ 280 mil dos cofres municipais, somado aos estudos no Conselho Municipal de Planejamento, onde representantes de entidades credenciadas como AEARV, CIC,OAB,IPURB, ASCON, ASCORE e CREA rediscutiram cada parágrafo por mais de dois anos, a revisão Plano Diretor chegou em setembro à Câmara de Vereadores.
Em menos de três meses de análise, os vereadores acharam por bem acrescentar mais de 70 pitacos no estudo que técnicos se debruçaram – se somados – por mais de três anos. Não bastando esta capacidade imensurável de avaliar, junto com seus pares, tão rapidamente as falhas no estudo de revisão do Plano Diretor, o vereador Sperotto achou que o Complan não deveria ter poderes para mudar ou revisar o Plano Diretor, afinal, esta deveria ser uma atribuição única e exclusiva dos vereadores. Apesar de Sperotto desejar que o Complan fosse meramente consultivo, teve que voltar atrás, e retirar a emenda, pois já havia sido negociado, sabe-se lá a que peso, por quem manda efetivamente no DEM e o Prefeito Pasin. Restou ao jovem vereador, se resignar a um muxoxo ininteligível.
Outro vereador estufou o peito e admitiu que não são somente “uns e outros”, mas os vereadores também têm seus interesses no Plano Diretor. Pegou mal, mas está lá no vídeo da sessão desta segunda-feira ( 17), para quem duvidar desta fala suicida.
Resta saber se Pasin vai bancar o que prometeu ao Centro da Indústria e Comércio, que foi ao gabinete três horas antes da polêmica votação, com o Complan embaixo do braço, exigir respeito às entidades constituídas.
2018 dirá.