Irmã é a principal suspeita do assassinato da mulher encontrada em apartamento

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Aparecida foi morta dentro de seu apartamento e sua irmã é a principal suspeita

Expectativa da polícia é de solucionar o caso em até 20 dias

Uma mulher foi encontrada morta na tarde de terça-feira (8), em um apartamento na Rua Góes Monteiro, no bairro São Francisco. Aparecida de Fátima Marin Bittencourt tinha 44 anos. O corpo estava com marcas de pelo menos onze facadas, sendo uma no pescoço e as outras no peito. Vizinhos acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e a Brigada Militar depois de sentirem um cheiro forte vindo do apartamento.
No início, a principal suspeita é de que o crime fosse passional e que tivesse sido cometido por um suposto companheiro italiano da vítima. Mas em coletiva na quarta-feira (9), o delegado Álvaro Becker afirmou que a Polícia Civil trabalha com hipótese de sororicídio (delito de homicídio cometido contra a própria irmã). No caso, a assassina de Aparecida poderia ser a irmã dela, que morava junto com a vítima e até o momento não foi encontrada para prestar depoimento.
“As investigações iniciaram na noite desta terça-feira para saber o que aconteceu no apartamento. Já sabemos que ela morava com uma das irmãs, que até o momento não foi encontrada. Estamos tentando saber onde ela pode estar. Se for confirmado um sororicídio vamos solicitar a prisão preventiva”, explica Becker.
Ainda segundo o delegado, até esta sexta-feira (11) devem ser ouvidas no mínimo, 20 pessoas. A expectativa é de que em até o final do mês o caso seja solucionado. Câmeras de monitoramento do edifício foram analisadas e confirmam que a irmã mais nova de Aparecida foi a única a ter acesso ao local. O corpo da vítima foi sepultado em Santiago, na quarta-feira (9).

Vizinho escutou gritos de “socorro”
Uma testemunha que mora no mesmo prédio que Aparecida relatou que estava dormindo, mas foi acordada com gritos de “socorro, vou morrer”, no entanto pensou que o pedido teria vindo de fora do prédio. Olhou pela janela e não viu nada, porém, depois de um tempo, o pedido de socorro voltou e ele e demais vizinhos saíram do apartamento. Preocupados, ligaram para a polícia. A Polícia bateu nas portas dos apartamentos para averiguar, e quando chegou na porta da vítima, uma mulher falou através da porta (porque se negou a abrir) que estava sem o medicamento da esquizofrenia, por isso teria gritado. De acordo com a testemunha, passados alguns minutos, mas sem a presença da Polícia, gritos foram ouvidos pela terceira vez, mas cessaram depois.