IOF volta a ser cobrado hoje e vai deixar empréstimo mais caro

2015-04-10_190211

A isenção estava prevista para vigorar até dezembro, mas vai terminar nesta sexta-feira.

Foi antecipado para esta sexta-feira, 27 o fim da cobrança do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e, a partir de hoje, o tributo voltará a incidir sobre todas as operações de crédito, inclusive o cheque especial e rotativo do cartão de crédito. A medida, tomada para que o governo custeie a isenção da conta de luz do Amapá vai encarecer os novos empréstimos. A alíquota do IOF é de 3% Em abril deste ano, o governo zerou a cobrança do IOF nas operações de crédito para aliviar os impactos da pandemia na economia. Assim, quem tomar um empréstimo ou rolar a fatura do cartão de crédito, além das taxas e juros cobradas pela instituição financeira, também arcará com tributo federal. Vamos supor que o banco cobre 2% ao mês de juros para emprestar dinheiro. Este percentual não é o custo efetivo, porque representa só a cobrança da instituição, sem a incidência do IOF. Com a volta do imposto, a taxa efetiva da operação tende a subir, encarecendo essa tomada de crédito. A volta da cobrança do IOF vai exigir mais planejamento na hora de tomar crédito: sem a incidência do IOF, estava mais “barato” contratar um empréstimo. Agora, o custo da tomada de crédito vai subir. O governo precisa se financiar para dar algum alívio nas contas públicas, mas a medida pode ter pego muitas pessoas de surpresa, especialmente quem planejava fazer empréstimos no fim do ano para consumir, no caso de pessoas físicas, ou para expandir as vendas, do lado do empresariado.