Intensificam as ações de combate ao mosquito borrachudo nas nascentes de água do interior

2015-04-10_190211

Vigilância Ambiental divulga cronograma de aplicação de BTI para combater borrachudos

 

Nesta época do ano, em virtude do calor, tem início o período de aplicação do inseticida BTI, que previne a proliferação do mosquito borrachudo. Em Bento Gonçalves, as aplicações são dividas em três etapas. A primeira foi realizada no dia 5 de dezembro, a segunda em 5 de janeiro e as próximas vão seguir cronograma quinzenal conforme informações da equipe da Vigilância Ambiental.
Sem divulgar a localização e o número dos arroios e córregos que receberão o inseticida para combate à proliferação do mosquito, a Secretaria de Saúde divulgou o cronograma das datas de aplicação do BTI
A aplicação do produto ocorre durante todo o ano na área rural, onde se concentra o maior número de rios e arroios. Os agricultores devem entrar em contato com a subprefeitura da localidade para solicitar o inseticida, que é disponibilizado pelo poder público.
Em Bento Gonçalves, o produto também é aplicado durante todo o ano pelos próprios moradores que aplicam o pesticida, e devem fazer um cadastro na subprefeitura da localidade onde moram. Depois, recebem uma capacitação para aplicar o BTI.

Caxias do Sul tem Lei
Não é só a família agricultora que sofre com a incidência do borrachudo na época da colheita da uva, os milhares de turistas que vêm para a zona rural em busca do turismo de experiência, se queixa da falta de controle adequado.
Mesmo com menor apelo turístico rural que Bento Gonçalves, o prefeito Daniel Guerra, criou, em novembro de 2018, a lei que institui em Caxias do Sul a Semana Municipal de Combate ao Mosquito Borrachudo. O objetivo é intensificar as atividades antecipadas de prevenção aos males causados pela expansão do borrachudo e promover orientações para reduzir a proliferação do inseto, principalmente na zona rural do município. A partir de 2019, a semana será promovida nos primeiros dias do mês de outubro de cada ano para inibir a incidência acentuada nos meses de dezembro a março.

Cronograma de aplicações do BTI

19 Jan/2019
02 Fev/2019
16 Fev/2019
02 Mar/2019
16 Mar/2019
30 Mar/2019

 

Picada de mosquito: o que fazer para parar de coçar?

A picada de mosquito provoca uma reação inflamatória, cuja proporção dependerá da sensibilidade da pele de cada pessoa. Por isso, a recomendação é higienizar bem o local após a picada, com água e sabão, para não causar nenhuma infecção. Como coça, o passar das unhas rasga a pele no local e pode infectar. No verão, especialmente, é bem comum em crianças a picada se sobrepor de uma infecção bacteriana, chamada de impetigo, que forma feridas vermelhas que se espalham pela pele
Como a coceira é inevitável, o melhor para aliviar a sensação é coçar com a palma da mão ou então colocar uma pedrinha de gelo no local, que ameniza a situação. Há substâncias que podem ser aplicadas pós-picada, mas é preciso consultar um médico primeiro, que vai indicar o ideal para cada tipo de pele.

Coceira
A coceira costuma surgir algumas horas depois da picada e é uma reação do organismo para limitar o contato de um tipo de veneno que o mosquito injeta na pele. Quando pica, o mosquito deixa uma substância que impede a coagulação para ele conseguir ingerir o sangue, e essa substância faz com que outras células do corpo migrem para o local da picada e tentem conter esse processo. No entanto, nem todas as pessoas têm as mesmas reações, depende muito de cada organismo. Crianças, principalmente, podem ter reação na qual uma única picada provoque diversas outras lesões que coçam.

Reação exagerada
A alergia é percebida quando há uma reação exagerada. Ao invés da marquinha da picada e um alo vermelho ao redor, surge um edema bem maior nessa área. Nestes casos, segundo a dermatologista, o tratamento costuma ser feito com medicamento antialérgico via oral. Além de ser desconfortável, o risco de uma infecção é super comum. Porém, a gravidade da reação irá depender da sensibilidade ao veneno ou, às vezes, da quantidade injetada pelo mosquito. A maioria das reações é leve, provocando coceira, ardência e inchaço que somem em um ou dois dias. Somente uma pequena parcela da população tem reações graves, como anafilaxia às picadas, com náusea, edema facial, dificuldade para respirar, dor abdominal e aumento da pressão arterial.

Possíveis formas de tratamento
Como sabemos, é impossível evitar de maneira total que as picadas aconteçam totalmente, pois sempre estamos em lugares com bastante insetos. Por isso, o ideal é que se tenha em mãos alguns tratamentos para serem usados depois das picadas.
As substâncias mais indicadas nesses casos são o anestésico local ou o anti-histamínico.
Há também a pomada Verutex B, que ajuda a passar o incômodo das coceiras, mas antes de passar a usar, pergunte de sua eficácia e possível alergia com um médico de confiança.
cebola: pode até parecer bobagem, mas funciona sim, para isso basta cortá-la ao meio e esfregar com cuidado sobre a picada.
compressas geladas: elas também são importantes para evitar que a coceira aumente ou que aconteça algum machucado devido ao contato da unha com a ferida.
Enfim, não dá para deixar de viver em razão das picadas, mas ficar longe de focos de pernilongos e borrachudos ajuda bastante.

 

Qual a diferença entre pernilongo e borrachudo?

Embora muita gente faça confusão, esses dois insetos são bem diferentes, tanto em seus hábitos quanto nos detalhes de sua anatomia. Os pernilongos são maiores que os borrachudos, que têm a aparência de uma mosca minúscula. Pernilongo, por sinal, é o nome popular dado a vários mosquitos da família Culicidae, sendo os mais conhecidos o Aedes aegypti (transmissor da dengue), o Anopheles sp. (vetor da malária) e o Culex sp. (chamado de “pernilongo caseiro”).


O borrachudo (Simulium sp.), também conhecido como pium na Amazônia, faz parte da família Simulidae. “Esses dois insetos habitam lugares distintos: o primeiro vive frequentemente dentro das casas ou em seus arredores, enquanto o borrachudo é encontrado perto de córregos e rios de água com correnteza límpida e transparente”, afirma o professor José Maria Soares Barata, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Em comum, eles têm o fato de serem hematófagos, ou seja, se alimentarem de sangue. É por isso que ambos não perdem a oportunidade de picar os humanos, para quem podem transmitir várias doenças. Além da dengue e da malária, os pernilongos são capazes de disseminar a elefantíase, enfermidade caracterizada pelo inchaço das pernas e de outras partes do corpo. Já o borrachudo pode passar a oncocercose, mal que em alguns casos leva a pessoa enferma à cegueira.

Iguais só no tormento
Ambos atazanam com suas picadas, mas os pernilongos são maiores e mais delgados

Corpo a corpo
Além de bem maior (mede cerca de 10 milímetros), o pernilongo tem o corpo mais delgado e com coloração mais clara 1 que o borrachudo. Este (que mede 6 milímetros) tem o corpo mais grosso e quase preto 2

Agulhada x mordida
Usado para sugar sangue, o aparelho bucal do pernilongo é formado por uma espécie de tromba, que age como uma agulha 3. Já o borrachudo tem um aparelho bucal mastigador 4, que dilacera o tecido da pele antes de chupar o sangue

Sem dar asas à confusão
As asas do pernilongo têm uma série de escamas que formam padrões diferentes de desenhos 5, enquanto as asas do borrachudo são lisas e transparentes 6

Antenados com as medidas
As pernas e as antenas do pernilongo são muito compridas 7, principalmente quando comparadas de perto com as pernas e antenas mais curtas que possui o borrachudo 8.

 

Mosquitos escolhem pessoas que vão ser picadas pelo cheiro

Se os mosquitos parecem adorar você — principalmente nesta época do ano, em que o calor favorece a reprodução dos insetos —, não é porque seu sangue é doce. De fato, alguns fatores atraem os pernilongos, que acabam picando mais umas pessoas do que outras, mas isso nada tem a ver com o gostinho do alimento deles. Na verdade, as vítimas são escolhidas pelo cheiro.
Os odores exalados pelo organismo e substâncias como gás carbônico e ácido lático são rastreados no ar pelos animais, cujas antenas funcionam como nariz. Não é um cheiro específico que atrai o mosquito, mas o misto de odores emitidos por cada pessoa, que varia de indivíduo para indivíduo.
Como são atraídos pelo gás carbônico, eliminado na respiração, os mosquitos tendem a picar quem tem o metabolismo acelerado e quem acabou de fazer atividade física — nos dois casos, a produção da substância é maior. Pelo mesmo motivo, o rosto é uma das regiões do corpo preferidas pelos insetos.
O ácido lático está presente na composição do suor. Por isso recomenda-se aumentar o número de banhos ao dia e evitar se exercitar perto da hora de se deitar para dormir, a fim de manter os mosquitos longe durante a noite.
Repelentes dermatologicamente testados e inseticidas de aerossol também ajudam a afastar os insetos.

Tipo sanguíneo O é o preferido
Estudos apontam que os mosquitos preferem pessoas de sangue tipo O, em especial aquelas com fenótipo secretor — que eliminam antígenos pelas mucosas, o que pode gerar um odor atraente para os insetos.
Mosquitos também rastreiam as temperaturas elevadas no corpo, que indicam maior circulação de sangue no local. Por isso, tendem a picar menos as palmas das mãos e as solas dos pés, que são menos aquecidas e capilarizadas.
Os repelentes agem mascarando o odor natural de cada pessoa. Hidratantes também fazem esse papel, embora o cheiro deles dure menos na pele. A essência de citronela, quando presente em produtos dermatológicos, também afasta os mosquitos.

 

Como se proteger e tratar picadas de pernilongos ou borrachudos

As picadas de insetos são sempre um grande problema, especialmente se você for alérgico a elas. Então, para buscar uma solução melhor para o problema, há duas formas: evitar que seja picado ou tratar as picadas depois que elas já aconteceram.

O uso de repelentes
Para passar no corpo, os melhores são aqueles que possuem DEET, pois protegem mais; mas verifique antes se não possui alguma substância que possa causar alergia.
Para ser usado no ambiente (deve ser usado em ambientes fechados, para que seja de fato eficiente):
Algumas velas podem ser bastante eficientes, especialmente aquelas que possuem em sua composição substâncias que espantam os mosquitos, dentre elas as melhores são a de andiroba, erva-cidreira, capim-limão, menta, tomilho, lavanda e ainda a de citronela, que também é bastante utilizada;
Spray de permetrina: são usados para passar nas roupas.

Use sempre roupas mais claras
Procure não usar perfume ou não use aqueles muito fortes, pois o odor pode vir a atrair os mosquitos e pernilongos.
Outra dica importante é que, se for fazer uma trilha ou caminhar em lugares de mata, cubra muito bem o corpo, o que inclui braços, pernas e pés, pois são os lugares preferidos para o ataque dos pernilongos e borrachudos.
Logo que chegar de alguma atividade externa ou de alguma brincadeira, especialmente durante o verão, tome logo um bom banho e passe um hidratante, pois, se sofreu alguma picada com o passeio, o banho e o creme ajudarão a evitar maiores coceiras.

Para a casa
Coloque vasos de citronela e arruda espalhados e locais estratégicos da casa;
Não deixe água suja parada, especialmente aquelas de lavagem de quintal, de roupa e ainda aquela que se acumula no lixo quando cai a chuva. Os pernilongos mais comuns são atraídos pela água suja, enquanto que o mosquito da dengue sente atração pela água limpa.