Indústria moveleira cresce em maio, mas não impede aumento do desemprego

2015-04-10_190211

Apesar do setor moveleiro apresentar crescimento em maio, o número de vagas encerradas no mesmo mês aumentou. Segundo a Associação das Indústrias de Móveis do Estado do RS (Movergs), os dados divulgados pelo relatório do IEMI – Inteligência de Mercado apontam que a produção de móveis no país atingiu 35,7 milhões de peças, uma alta de 11%, em comparação a abril (32,1 milhões).
No Rio Grande do Sul, o resultado foi um pouco menos expressivo, embora continue sendo positivo. Em maio, foram 6,2 milhões de peças, contra 5,7 milhões em abril, ou seja, 7,9% a mais. Também houve alta no consumo aparente de móveis que chegou a 35,4 milhões de peças em maio, (+11,4%). No Estado, esse número foi de 6 milhões de peças, uma alta de 7,7% comparada a abril. A participação dos móveis no Brasil não foi diferente. Os importados passaram de 1,9% para 2,5% e os exportados de 2,9% para 3,1%. No Rio Grande do Sul, os móveis importados representaram 1,1% do consumo interno, a exportação, 4,9%.
Já com relação à produtividade do setor de móveis, a indústria moveleira teve alta de 0,7% em maio e queda de 2,2% no acumulado do ano. A indústria de transformação alcançou um crescimento de 6,6% no referido mês e de 2,9% a.a..
O setor de vendas do comércio varejista de móveis cresceu 16,3% em volume de peças e 16% nos valores das receitas, comparado ao mês de abril. No mesmo período, o Rio Grande do Sul teve crescimento de 10,6% em volume e 10,7% em valores. No entanto, os resultados ainda permanecem negativos no acumulado do ano para o varejo gaúcho, com queda de 16,7% e de -6,1% em valores de receitas.

Vagas fechadas no Estado representam 63,4% do total
Com relação ao volume de empregos, o setor de móveis teve alta de 2,3% em maio e de 3,9% no ano. Na indústria de transformação, a variação mensal e anual foi de 0,6%. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (CAGED), pelo quarto mês consecutivo, o setor registrou mais demissões do que admissões. Em todo o país, foram fechadas 290 vagas de trabalho, caindo para 230.391 postos. No Rio Grande do Sul, foram encerrados 184 postos de trabalho, consolidando 33.122. O número de vagas fechadas no Estado representa 63,4% do total. No Brasil, a média salarial no setor de móveis teve valorização de 3,2%, alcançando R$ 1.074,10. Na indústria de transformação, houve valorização de 1%, chegando a R$ 1.135,54.
Para o presidente da MOVERGS, Volnei Benini, mesmo com a instabilidade dos índices do setor moveleiro, é preciso evidenciar o esforço dos empresários. “Nós acreditamos na estabilidade econômica e nas mudanças. Acreditamos que este cenário pode se manter positivo. Mas isso depende de trabalho sério e dedicação. As indústrias, apesar do pouco incentivo e da elevada carga tributária, estão fazendo a sua parte”, afirmou o executivo.