III Workshop Latino Americano sobre Biobed

2015-04-10_190211

De 12 a 14 de setembro acontece na Embrapa Uva e Vinho em Bento Gonçalves, o III Workshop Latino Americano sobre Biobed. O evento tem como objetivo a divulgação do sistema Biobed, a discussão sobre o controle de resíduos de pesticidas, bem como a busca da sustentabilidade do agronegócio.
Público-alvo: Grandes e Médios Produtores Rurais e Cooperativas, Profissionais ligados à inovação, Pequenos Produtores Rurais e Cooperativas, Agentes de Transferência de Tecnologia (TT-ATER), Institutos de Pesquisa Agropecuária

O desenvolvimento do sistema
O Sistema Biobed Brasil foi desenvolvido pelo pesquisador Luciano Gebler, da Embrapa Uva e Vinho, a partir do modelo Biobed utilizado na Suécia, desde 1993. Durante cinco anos, ele conduziu pesquisas visando a sua adaptação para as condições de produção de frutas de Clima Temperado do sul do Brasil.
Gebler comenta que o Biobed reproduz o modelo de atenuação que acontece livremente na natureza, porém em uma situação criada para favorecer e acelerar o processo. “O Biobed depende basicamente da atuação de fungos lignolíticos, também conhecidos como fungos filamentosos brancos, que são os agentes microbiológicos degradadores de resíduos de agrotóxicos”, esclarece. Entre os pontos positivos da nova tecnologia, Gebler destaca o baixo custo e eficiência, além de ser ambientalmente segura e adequada para ser utilizada na propriedade.

O Sistema Biobed Brasil
O Sistema é constituído de uma estrutura simples, originalmente um fosso cavado no solo, impermeabilizado ou não, preenchido com uma mistura de solo agrícola, palha e turfa, denominado de substrato, sobre o qual é plantado uma cobertura de grama que irá receber os resíduos de agrotóxicos.
O substrato poderá ser utilizado por períodos de até 12 meses sem necessidade de substituição, dependendo da intensidade de uso.
O Biobed permite uma aeração melhor do que existe no solo, favorecendo processos aeróbicos para degradação de agrotóxicos no ambiente. Após determinado tempo, variável segundo o contaminante e as condições ambientais do meio onde ocorre a degradação, as moléculas de agrotóxico que restarem estarão fortemente fixadas por adsorção nos microporos das argilas ou da matéria orgânica do solo.
Seguindo a recomendação original para substratos descartados do Biobed, o material deve ser armazenado por um período de seis meses na forma de compostagem, considerando essa etapa como um fator adicional de segurança na degradação e dissipação dos resíduos de agrotóxicos.
Após essa fase de compostagem, recomenda-se a dispersão do substrato antigo nas áreas agrícolas da propriedade rural, de forma que todo o efluente e resíduo gerado nos processos produtivos da propriedade permaneça controlado dentro dos seus limites físicos e legais.