Igreja inova com espaço infantil

2015-04-10_190211

Muitos pais se sentem incomodados em levarem seus filhos para as missas. As crianças não costumam parar e assistir a celebração. Já tradição em Igrejas Evangélicas e em Centros Espíritas, um espaço infantil, que recebe a criança no local enquanto o pai assiste ao culto ou palestra, e serve também para o processo de evangelização, agora chega na Igreja Santo Antônio.
“A ideia é oferecer um espaço lúdico, atraente para as crianças. A criança vai poder acompanhar de maneira criativa, em formas de parábolas, o que os pais vão escutar nas missas”, avalia o Padre Ricardo Fontana, da Paróquia. O espaço foi inaugurado no sábado (10), durante a missa das 19h. No local, há ainda um banheiro e um fraldário, onde os bebês podem ser trocados, e doze cadeiras, que fazem alusão aos 12 apóstolos de Jesus.
O Espaço Infantil é um projeto que foi idealizado através de um já existente na Catedral de Caxias do Sul. Proposto para receber crianças de 3 a 7 anos, inicialmente vai ser aberto nas missas das 18h de domingo, e duas pedagogas e catequistas atenderão as crianças, orientando atividades e contando histórias. “A ideia é colocar depois uma televisão. As imagens ajudam a fixar e a explicar as coisas. Antigamente as igrejas eram construídas com vitrais justamente para contar através de imagens”, relata o religioso.
Aproximar-se do universo infantil está nos planos da Paróquia. Além do espaço, um gibi ilustrativo foi lançado também na ocasião . Com o título “Pequenino Fernando, Grande Antônio”, a publicação narra a trajetória de Santo Antônio. “Desde o berço a Igreja parece ser proibitiva, um local de punição. Os pais dizem, olha que o padre está vendo, e as crianças ficam com aquilo. Com o espaço, as crianças podem ver a Igreja de outra forma. Os pais ficam à vontade. Podemos até chamar de playground religioso”, diz Padre Ricardo.
Segundo o páraco, a iniciativa pode servir de exemplo para outras igrejas. “Não é fácil segurar uma criança. A Igreja tem eco, ela se agita. A própria missa é celebrada distante da linguagem delas. Como nós pegamos o exemplo de Caxias, outras paróquias também podem fazer algo parecido”, conclui.