IFRS garante que desbloqueios do governo cobrem apenas funcionamento mínimo em 2019

2015-04-10_190211

Dos 30% contingenciados há seis meses, foram liberados 13,5%, que equivale a R$ 8,458 milhões

Após a liberação de verba destinada à educação, anunciada pelo governo, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul, informou que para os 17 campi e Reitoria o valor descontingenciado foi de R$ 8,458 milhões.
O valor representa um desbloqueio de 13,5% dos 30% suprimidos há seis meses, sendo assim, do orçamento anual para custeio e investimento na instituição, que é de R$ 61,833 milhões, permanecem bloqueados, 16,32%, equivalente a R$ 10,091 milhões.
No entanto, nem todo o orçamento liberado poderá ser utilizado efetivamente. Atualmente, o IFRS tem limite para empenhar 80% do valor total do seu orçamento de custeio que é aquele destinado ao pagamento de material de consumo; energia elétrica; água; bolsas de ensino, pesquisa e extensão; segurança; limpeza, entre outros e 20% do orçamento de investimento que é destinado a novos livros, materiais de laboratório, mobiliário, obra e outros.
Segundo a reitora em exercício do IFRS, Tatiana Weber, os recursos liberados serão utilizados para garantir o funcionamento mínimo de todas as unidades até o final do ano. Ela explica que estão garantidos, até dezembro, os pagamentos dos contratos continuados (como vigilância, limpeza, água e energia), alimentação dos estudantes, benefícios do Programa de Assistência Estudantil e manutenção do funcionamento das áreas agrícolas dos campi que as possuem (plantio e animais).
Tatiana Weber salienta, porém, que não será possível reverter ainda neste ano de 2019 o impacto nas atividades que precisaram ser reduzidas ou deixaram de ser realizadas devido aos valores contingenciados no mês de abril pelo Ministério da Educação (MEC) e aos 16,32% do orçamento não liberados.
Entre essas, é possível citar visitas técnicas dos estudantes, aquisição de equipamentos e materiais para aulas práticas, aquisição de material de expediente e de limpeza, manutenção de laboratórios, reformas para melhoria da acessibilidade das instalações, participação de estudantes e servidores em congressos, realização de eventos institucionais.“Conseguiremos honrar com todas as obrigações, mas permanece a impossibilidade de atendimento pleno das demandas reprimidas”, afirma Tatiana.