Homens que dormem pouco têm mais chances de desenvolver câncer de próstata

2015-04-10_190211
Segundo Daily Mail Susan Gapstur essas descobertas podem contribuir com evidências que sugerem a importância de obter um sono adequado para uma saúde melhor

Segundo estudo, em homens com até 65 anos, o aumento do risco de desenvolver a doença pode chegar a 55%

Dormir pouco é uma prática que não favorece a saúde, é fato. Mas o que um estudo da American Cancer Society (Atlanta – Estados Unidos) acaba de apontar lança uma preocupação a mais para homens de até 65 anos, que sofrem com a falta de sono. Segundo a pesquisa, ao dormir menos de cinco horas por noite, eles aumentam em 55% o risco de desenvolverem câncer de próstata.
Segundo especialistas, o ideal para que o corpo descanse efetivamente e reponha as energias, evitando riscos á saúde, é dormir entre seis a sete horas diárias. Durante o estudo, os cientistas acompanharam dois grupos distintos: o primeiro composto por mais de 407.000 homens, entre 1950 e 1972, e o segundo, por outros 416.000, entre 1982 e 2012.
Ao início da pesquisa, nenhum dos pacientes tinha câncer. Porém, no decorrer desse acompanhamento, cerca de 1.500 participantes da primeira etapa, e mais de 8.700 da segunda faleceram por causa do câncer de próstata.
Os cientistas estudaram então os padrões de sono desses homens: nos primeiros oito anos, foi verificado que os homens com até 65 anos de idade que dormiam entre três e cinco horas por noite apresentavam risco 55% maior de morrer de câncer de próstata do que aqueles que dormiam sete horas. Já os participantes com 65 anos ou mais não mostraram diferenças significativas entre o risco de morte por câncer e a qualidade do sono.
A partir da pesquisa, foi possível fortalecer ainda mais a hipótese de que a relação entre o período em que dormimos e o que ficamos acordados, bem como o modo como nosso metabolismo reage, pode interferir no desenvolvimento do câncer de próstata. Segundo Daily Mail Susan Gapstur – principal autora do estudo, vice-presidente de epidemiologia da American Cancer Society – essas descobertas podem contribuir com evidências que sugerem a importância de obter um sono adequado para uma saúde melhor.
Ainda assim, a médica afirma que são necessários outros estudos para entender os mecanismos biológicos e fortalecer a teoria. Ela explica que a falta de sono adequado bloqueia os genes que nos protegem contra o crescimento de tumores, e podem inibir a produção de melatonina – o hormônio que controla o ciclo sono-vigília. E essa baixa na produção do hormônio pode elevar o risco de mutações genéticas e redução do sistema de reparo do DNA, além de deixar o sistema imunológico mais vulnerável.