Governo do Estado considera situação preocupante na Serra Gaúcha e mantém bandeira vermelha

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O Comitê de Crise do Governo do Estado manteve a Serra Gaúcha pela terceira vez consecutiva em bandeira vermelha. Ela valerá, no mínimo, até o dia 3 de agosto. A região tem quatro índices em bandeira preta e piora em outros dois, que estão ainda em vermelha. Esses fatores pesaram para que o recurso da Amesne fosse negado em mais uma oportunidade. – A situação se mantém preocupante na Serra — afirmou o governador Eduardo Leite, em live na segunda-feira (26). Leite usou como explicação o aumento nas hospitalizações de pacientes positivos para o coronavírus e o crescimento em internações em leitos de UTI covid. Nos dois ítens, o indicador está no vermelho.

Além disso, o crescente número de óbitos — que apresenta uma expectativa de 47 mortes na semana a partir de 3 de agosto — e a relação de leitos de UTI’s livres, com uma vaga aberta para cada duas ocupadas, são fatores de extrema atenção. Somam-se a isso os índices em elevação de hospitalizações por covid para cada 100 mil habitantes e a relação de leitos de tratamento intensivo do Estado. Nos quatro indicadores, a região teria a bandeira preta. Todavia, das 49 cidades da macrorregião, 23 entram no regramento de zero hospitalizações e nenhum óbito. Por isso, elas poderão ter o regramento por bandeira laranja. São elas: Alto Feliz, Boa Vista do Sul, Coronel Pilar, Cotiporã, Esmeralda, Fagundes Varela, Ipê, Jaquirana, Linha Nova, Monte Alegre dos Campos, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Pádua, Nova Roma do Sul, Paraí, Picada Café, Pinhal da Serra, São Jorge, São Vendelino, União da Serra, Vale Real, Vila Flores e Vista Alegre do Prata. O Governo do Estado indeferiu os recursos da Serra e das regiões de Novo Hamburgo, Palmeiras das Missões e Passo Fundo. As regiões de Capão da Canoa, Taquara, Canoas e Porto Alegre não contestaram a bandeira. Assim, as oito regiões estão em bandeira vermelha.

Pleito da Serra
Um dos pedidos dos prefeitos da Serra, principalmente Caxias do Sul, está na possibilidade de os municípios assumirem a gestão do modelo de Distanciamento Controlado do Estado. Isso foi discutido na última semana, onde as prefeituras teriam mais autonomia para definir a flexibilização. No entanto, a proposta teria sido negada por boa parte das associações, o que, segundo Eduardo Leite, é uma informação incorreta. Ele encaminhou um ofício para a Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para que se debata o assunto se chegue a um consenso. Inicialmente, o Governo manteria as rodadas e a indicação das bandeiras. No entanto, os municípios teriam mais controle sobre as permissões do que cada cidade poderia abrir ou fechar.
– O Estado rodará o mapa, identificando as bandeiras e os protocolos que valem para as regiões. Cada região reunida poderá construir um outro protocolo, mas que não seja menos restritivo do que a bandeira laranja, por exemplo. Isso é uma forma para trazer os prefeitos para a gestão do modelo – explicou Leite.