Gato fujão: como evitar e o que fazer quando ele escapa

2015-04-10_190211

Apesar de terem um olfato aguçado, que os permite encontrar o caminho de volta, os bichanos com acesso à rua ficam sujeitos a uma série de riscos, muitos dos quais podem comprometer a saúde deles, mesmo que voltem para casa.

Durante muito tempo, cultivou-se a ideia de que seria normal, e até saudável, deixar um gato fujão sair de casa durante o dia ou à noite a fim de explorar novos territórios. Hoje, no entanto, muita gente já sabe que a história não é bem assim.

Por que os gatos
tendem a fugir?
A fuga dos bichanos pode abalar a autoestima dos tutores, principalmente os de primeira viagem. Afinal, como aceitar que o gato queira fugir, apesar de receber tanto amor?
Gatos são animais extremamente curiosos, que adoram conhecer e controlar o ambiente em que vivem, precisam gastar energia e são caçadores natosTudo isso está por trás da vontade de dar uma voltinha.
Apesar de o instinto de liberdade ser uma característica do comportamento dos gatos, a médica-veterinária ressalta que alguns fatores podem contribuir que ele seja um fujão em potencial. “Alguns gatos, quando não são castrados, saem de casa à procura de parceiros”, alerta.
Além disso, ambiente e cuidados inadequados com o pet também podem contribuir para o problema. Se o gato não se sente confortável, protegido e acolhido no ambiente em que vive, pode ser que ele fuja e não volte mais.

Os riscos nas ruas
Fora de casa, os gatos estão sujeitos a uma série de perigos:
Atropelamentos; Acidentes ao escalar muros, árvores etc.; Envolvimento em brigas com outros gatos ou animais de outras espécies; Maus-tratos cometidos por vizinhos ou desconhecidos; Intoxicação pelo consumo de produtos tóxicos ou alimentos estragados; Exposição a doenças e parasitas.
Isso sem falar na chance de o gato decidir não voltar para a casa e até de ser adotado por alguém cheio de boas intenções e que achou que ele estava abandonado (risco que pode ser minimizado com coleiras de identificação).

O que fazer para o
gato não fugir?
Em geral, não existe um motivo único para o bichano querer sair de casa e passear. Trata-se, na maior parte dos casos, da combinação de fatores, que vão do tédio à necessidade de encontrar um(a) parceiro(a).
Converse com o veterinário para que seja realizada a castração. Além de evitar doenças, ela ainda diminui bastante a vontade de o gato fujão sair de casa;
Para criar gato dentro de casa ou apartamento, coloque telas nas janelas. Elas impedem a fuga e também são importantes para diminuir o risco de quedas;
Promova o enriquecimento ambiental com brinquedos que estimulam os instintos de caça e de exploração do bichano. Pets com entretenimento em casa se tornam menos propensos a fugir em busca de estímulos,
Mantenha caixas de areia limpas (de preferência, uma a mais do que o número de gatos da residência), ofereça boa comida e deixe à disposição potes de água largos, que não incomodem as vibrissas dos felinos (verifique, também, se o seu gato não prefere água corrente).

Meu gato fugiu,
e agora?
É muito importante lembrar que nem sempre o seu gato fujão foi embora por falta de carinho! Afinal, é possível verificar todas as formas de um gato demonstrar amor. Por isso, nos casos em que ele aparecer de volta, não deixe de levá-lo ao veterinário.
O médico-veterinário fará um exame físico no animal para avaliar se ele não sofreu algum trauma, poderá prescrever medicações contra parasitas externos e internos, vai avaliar a necessidade de vacinação e solicitar exames complementares que descartem a chance de o gato ter contraído alguma doença.
Entre as doenças mais graves que os bichanos podem contrair ao fugir de casa estão a aids felina (FIV) e a leucemia felina (FeLV), além da esporotricose, que pode ser transmitida para seres humanos.