Um estudo publicado no Journal of American Medical Association na terça-feira (25) constatou lesões cerebrais em cérebros doados por ex-jogadores da NFL, a liga profissional dos Estados Unidos de futebol americano. A doença, chamada de ETC (Encefalopatia Traumática Crônica) é uma enfermidade degenerativa relacionada com choques na região da cabeça. Outro nome para ela é demência pugilística porque começou a ser estudada como uma consequência de boxe.
Há mais de uma década se discute sua relação com a prática do esporte, isso porque muitos ex-jogadores ficam com problemas mentais depois da aposentadoria. A pesquisa confirma que as consequências surgem anos depois dos choques.
Os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston e do Hospital de Veteranos de Boston analisaram 202 cérebros de pessoas mortas que jogaram em alguma categoria do futebol americano, da escola à NFL. A ETC está presente em 87% deles, 177. Entre aqueles que chegaram a jogar como profissionais, a proporção é superior a 99%.
A conclusão do relatório se limita a dizer que “em uma amostra de jogadores de futebol americano mortos que doaram seus cérebros para a pesquisa, uma alta proporção tinha provas neuropatológicas de ETC, sugerindo que a ETC pode estar relacionada com a prática do futebol americano”.
Futebol americano provoca danos neurológicos em atletas
