Funcionários do Moinho da Isabela ingressam na Justiça depois de dispensa

2015-04-10_190211
Trabalhadores fizeram manifestação na empresa solicitando valores a receber

Os 76 funcionários que trabalhavam na construção do moinho da Isabela (pertencente ao grupo M Dias Branco) estão ingressando na justiça, depois de serem dispensados da obra e não receberem salários vencidos. O grupo foi liberado no dia 8 de janeiro pela terceirizada S&N Engenharia e Construções, com parte do pagamento de novembro e vales referentes a dezembro em haver.
Na última segunda-feira (22), depois de mais de dez dias sem respostas, os funcionários fizeram uma manifestação em frente à indústria de alimentos durante todo o dia. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom-BG), Ivo Vailatti, tanto a M Dias Branco, como a S&N, não assumiram o pagamento aos funcionários. “O sindicato sempre apoiou e continuará dando apoio aos trabalhadores. Desde o início da semana, eles estão fazendo entrevistas com advogados e ingressando com ações na justiça”, confirma o representante da entidade.

A obra
A M. Dias Branco anunciou em janeiro de 2014 a obra dos silos de Concreto de 55 metros de altura, com capacidade para 90 Toneladas de grãos. Na ocasião, a maior produtora de biscoitos e massas do Brasil, anunciou um investimento de R$ 173,7 milhões no município. Em janeiro de 2017, o Ministério do Trabalho paralisou a obra depois de denúncia dos trabalhadores de que estariam em situação análoga à escravidão, mas ela foi retomada meses depois.