Focos do mosquito da dengue preocupa vigilância sanitária

2015-04-10_190211
Em Bento Gonçalves foram localizados 57 focos do mosquito. No mês de fevereiro, a cidade registrou o primeiro caso de Chikungunya.

Aedes Aegypti também é o transmissor da febre amarela

A Secretaria da Saúde de Bento Gonçalves está alertando sobre a proliferação do Aedes Aegypti, o vetor transmissor da dengue, zika, chykungunya e da febre amarela urbana. No município foram localizados 57 focos do mosquito. No mês de fevereiro, a cidade registrou o primeiro caso de Chikungunya.

Os focos do mosquito foram encontrados nos bairros Licorsul, Santa Helena, Eulália, Santa Marta, Santa Rita, Pomarosa, Santa Helena, Santo Antão, Fátima, São Roque, Universitário, Cidade Alta, Progresso, Conceição, Ouro Verde, Fenavinho e Botafogo.

Uma das principais formas de prevenção é não deixar água parada. Depósitos como caixas de água de beber, caixas de água e tonéis de coleta de água de chuva, pneus a céu aberto, calhas entupidas e lixo recicláveis espalhados no meio ambiente são os maiores criadouros de mosquito na cidade.

Bento Gonçalves havia registrado dois casos de dengue em 2018, e apenas um caso em 2019. No ano 2020, não foi registrado nenhum caso da doença. Denúncias sobre água parada e espaços que possam ser criadouros do mosquito podem ser realizadas no Bento Ouv- Ouvidoria Municípal no 0800-979-6866.

Febre Amarela
O Aedes Aegypti também é responsável pela transmissão da febre amarela urbana. Desde 2009, o Estado não registrava presença do vírus causador, porém neste ano, até 20 de abril, houve a confirmação laboratorial da circulação em 18 cidades, inclusive Farroupilha e Caxias do Sul.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) orienta que nas cidades de abrangência da 5ª CRS, incluindo Bento Gonçalves, a intensificação da vacina. Por isso pessoas que não possuem comprovação vacinal contra a febre amarela são consideradas não imunizadas e devem ligar na unidade básica de saúde de referência. A vacina contra a febre amarela precisa ser aplicada somente uma vez entre os cinco e os 59 anos. Crianças devem tomar a primeira dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos.

Proteção ao bugio
O setor de vigilância sanitário do município destaca que é importante que a população informe a Prefeitura caso encontre bugios mortos para que eles possam ser examinados. Basta ligar para (54) 3055-7265 ou nos finais de semana no (54) 9-9635-8889.

Importante deixar claro, o bugio não é transmissor da doença, eles são o alerta de que a doença está circulando na região. Eles não devem ser mortos, ou machucados.

Dicas de prevenção
O fechamento de caixas de água e tambores de coleta de água da chuva deve ser completo, tampas que não se encaixam muito bem ou madeiras usadas para fechamento destes depósitos não são eficazes. Nestes casos é necessário usar plásticos ou telas antimosquitos para evitar a entrada de insetos;

O uso de repelentes de corpo e de tomada nos locais com infestação é importante, principalmente, no início da manhã (entre 7 e 10 da manhã) e final da tarde (entre 16 e 18 da tarde) que são os horários de atividade dos mosquitos transmissores da dengue;

O mosquito da dengue não tem hábitos noturnos;

Ficar atento aos sinais das doenças também é importante para o encaminhamento rápido a uma unidade de saúde.

Sintomas das doenças
Dengue: os sintomas são febre alta, enxaqueca, dor atrás dos olhos, perda de apetite, náuseas e vômitos, tontura, moleza e extremo cansaço, dor no corpo e dor no abdome.

Chikungunya: deve-se ficar atento aos sintomas, como fortes dores nas articulações, febre, dor nas costas, fadiga, náuseas, vômitos, dor de cabeça, dores musculares (mialgias) e inchaço articular bilateral.

Zika: são manchas avermelhadas pelo corpo, dor muscular, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, conjuntivite, diarreia (pouco comum), constipação (pouco comum), pequenas úlceras na mucosa oral (pouco comum).

Febre amarela: Os sintomas iniciais incluem febre de início súbito, calafrios, dores de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.