Comunidade é contra o encerramento das atividades da instituição
O anúncio de fechamento da Escola Estadual de Ensino Fundamental São Pedro (que atende crianças do jardim A e B e alunos até o 5º ano) revoltou a comunidade. Na tarde da última quarta-feira, 1º , cerca de 60 pessoas, segundo uma moradora, participaram de um protesto em frente a instituição de ensino. O conselheiro Tutelar Leonides Lavinick é contra o fechamento da escola e afirma que nesta sexta-feira, 03, haverá um pedido para que o Ministério Público não permita o encerramento das atividades.
“Vamos comunicar o fato através de ofício ao Ministério Público e pedir para que interfiram no fato e que ao menos garantam o direito de matrícula e transporte de qualidade”, afirma. A justificativa de que a escola está com poucos alunos não é aceita por Lavinick, que garante estar ao lado dos pais e estudantes. “Vai ser o único distrito de Bento que não vai ter uma escola, os pais estão revoltados. É uma zona rural de grande importância. Só tinha duas professoras lá, e o custo financeiro de bancar as docentes é menor do que o transporte para outras instituições, então não há motivos para fechar a escola”, protesta.
Ainda segundo Lavinick, ninguém da prefeitura estava presente na manifestação, assim como a 16ª Coordenadoria de Educação, que se ausentou do fato.
A mãe de um dos alunos da instituição, Elisete Zanini Trivelin, participou da manifestação, e se diz enganada pela Prefeitura.
“A coordenadoria de educação de Bento ligou marcando reunião para falar sobre o transporte, mas ao chegarmos lá disseram que devido aos poucos alunos iriam fechar a escola. Na hora manipularam o povo, alegando que era sobre o transporte. Os pais não queriam tirar os alunos”, afirma. Elisete diz que quem não assinasse o documento no momento da reunião perderia o direito do transporte exclusivo, e que os pais se sentiram pressionados. De acordo com ela, os pais foram duas vezes à Porto Alegre para tratar sobre o assunto.
“O fechamento da escola é muito triste mesmo. Já fomos duas vezes conversar com os conselheiros de educação de Porto Alegre e eles disseram que não sabiam de nada e para nossa surpresa falaram que para fechar uma escola o fato tem que ser informado de 180 a 360 dias antes”, explica.
