Exportações no setor moveleiro devem crescer quase 10% em 2018

2015-04-10_190211
O cenário para 2018, de acordo com o presidente da Movergs, deve ser de retomada nos negócios

Números são comparativos ao ano de 2017, representando uma recuperação gradual no setor da economia

O setor moveleiro deve ter um avanço gradual em negócios em 2018. Estima-se para o próximo ano um aumento de 2, 1% na oferta de empregos, de 4,7% no volume de peças produzidos e 9,5% nas exportações, em relação a 2017.
A produção em volume de móveis no Brasil chegou a 42 milhões de peças em agosto, alta de 12,9% em relação ao mês anterior, já no Rio Grande do Sul, a produção chegou a 7 milhões de peças no mesmo período, uma alta de 10,5% em relação ao mês de julho e de 0,8% no ano.
As exportações no Brasil, registraram o valor de US$ 59,2 milhões em agosto, alta de 10,3% em comparação ao mês anterior, por sua vez, as exportações gaúchas alcançaram US$ 18,3 milhões em agosto, crescimento de 23,7% em relação ao mês de julho. Para o presidente da Movergs, Volnei Benini, 2017 foi um ano de superação das expectativas, tanto dos organizadores, quanto dos expositores. Uma delas, segundo ele, foi no volume de negócios realizados, totalizando US$ 290 milhões.
“O Projeto Comprador, que promoveu 1,2 mil rodadas de negócio, foi uma das ações estratégicas de sucesso desta edição, com US$ 3,3 milhões de transações efetivadas. Além disso, há a previsão de mais US$ 20 milhões nos próximos 12 meses, a partir dos encontros e contatos promovidos aqui”, estima.
O cenário para 2018, de acordo com o presidente da entidade, deve ser de retomada nos negócios. “As perspectivas são positivas tanto para o volume do comércio (aceleração do crescimento projetado para 3,8%) como para os preços das commodites (variação positiva de dois índices, pela primeira vez desde 2013). Assim, no próximo ano, se o cenário básico do FMI se confirmar, a evolução da economia global favorecerá a economia brasileira e deve contribuir para o início da superação da crise atual”, projeta.
Para Benini, o ano de 2017 foi de retomada gradual da economia e de crescimento efetivo, porém moderado, principalmente a partir desse último quadrimestre. De acordo com ele, o posicionamento da indústria tem sido de cautela devido as dificuldades que o segmento tem enfrentado nos últimos anos, porém os indicadores do setor, segundo ele, permitem projetar a retomada do crescimento.
“A produção em volume de móveis no Brasil chegou a 42 milhões de peças em agosto, alta de 12,9% em relação ao mês anterior; no Rio Grande do Sul, a produção chegou a 7 milhões de peças no mesmo período, uma alta de 10,5% em relação ao mês de julho e de 0,8% no ano; as exportações no Brasil, registraram o valor de US$ 59,2 milhões em agosto, alta de 10,3% em comparação ao mês anterior; por sua vez, as exportações gaúchas alcançaram US$ 18,3 milhões em agosto, crescimento de 23,7% em relação ao mês de julho”, explica.

O baixo crescimento da economia
O desempenho modesto das economias avançadas nos últimos anos, que se repetiu em 2016, está associado a quatro principais fatores.
Após oito anos da eclosão da crise financeira global, seus impactos negativos sobre as economias avançadas ainda não foram totalmente superados e continuam dificultando uma retomada mais forte da atividade econômica. O baixo crescimento da produtividade após a crise, cujas causas continuam incertas
As tendências demográficas desfavoráveis nas economias avançadas associadas às baixas taxas de natalidade e ao envelhecimento da população, com repercussões negativas sobre os sistemas públicos de aposentadoria e saúde
A desaceleração e as mudanças no perfil de crescimento da China, que resulta numa menor demanda pelas exportações de bens manufaturados das economias avançadas e da Ásia emergente. Além disso, o desempenho da China tem afetado também as economias emergentes através dos investimentos no capital financeiro.

Empresas moveleiras no Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul possui 2.750 empresas moveleiras, o que equivale a 13,3% das empresas do Brasil. Elas respondem por 18,4% do total de móveis fabricados no país e por 31,1% das exportações. Essa participação confere ao Estado posição de liderança como maior produtor do país.
Em 2015, as indústrias de móveis gaúchas produziram, aproximadamente, 85,3 milhões de peças, faturaram R$ 6,73 bilhões e exportaram mais de U$ 183 milhões. Também foram responsáveis pela geração de mais de 35 mil postos de emprego.
Tais indicadores demonstram o quão representativo é o segmento no contexto da economia gaúcha, tanto pela geração de renda e tributos, quanto para números de postos de trabalho.