Excesso de mau humor pode ser uma doença! Conheça mais sobre a Distimia

2015-04-10_190211

A Distimia é uma doença de difícil diagnóstico por ter sintomas muito parecidos com a depressão e atinge de 3% a 6% da população geral, a probabilidade de acometimento nas mulheres é até três vezes maior
Os sintomas entre a depressão e a distimia podem ser muito parecidos, tais como o sono conturbado, seja através da insônia ou excesso dele, alterações repentinas de humor, falta de ânimo, falta ou excesso de apetite, desesperança, baixa autoestima e dificuldades em manter a concentração.
Para o psiquiatra Elton Kanomata, a maior dificuldade em diagnosticar a Distimia é a semelhança entre os sintomas da doença com a depressão, o que pode pode fazer com que o disgnóstico leve anos para se confirmar.
A doença, é uma alteração de humor que dura pelo menos dois anos e se manifesta de maneira silenciosa e lenta. Kanomata explica que com a falta de prazer e ânimo, a pessoa pode ser vista como mal humorada ou ranzinza, as pessoas que vivem em volta de quem sofre com
Distimia podem não entender que isso é uma doença.
De acordo com o psiquiatra, as maiores diferenças entre depressão e distimia são a intensidade dos sintomas e o impacto na vida social e psíquica do paciente, seja em momentos de crise, ou não.
Entre outros sentimentos que a pessoa com distimia pode apresentar estão: sensação de inadequação, isolamento, culpa, preocupação com o passado, raiva excessiva e diminuição da produtividade.
O psiquiatra explica: “Esses pacientes têm maior dificuldade em iniciar ou manter um relacionamento por causa da falta de prazer e interesse, pelo mau humor, pela falta de autoestima e, com isso, acabam se isolando”.
O seu surgimento pode acontecer na infância ou na adolescência, e a maioria dos casos ocorre antes dos 25 anos. A prevalência da distimia é de 3% a 6% na população geral, sendo as mulheres até três vezes mais propensas a desenvolver o problema.
O diagnóstico da Distimia é feito de maneira clínica, por meio de conversas com o paciente, mas exames também podem ser solicitados.
A doença é tratada com medicamentos antidepressivos e com psicoterapia, as duas medidas juntas apresentam excelentes resultados.