Exagero faz mal, mas redes sociais não viciam como drogas

2015-04-10_190211

Psicólogos descobriram em um estudo que, pessoas que são muito expostas à influência das redes sociais costumam sentir um grande desejo por ser magro. Isso, pode desencadear o desenvolvimento de distúrbios de imagem, como anorexia, vigorexia e bulimia

Passar uma grande parte do dia usando redes sociais é algo relativamente normal. Estatísticas apontam que um usuário médio passa em torno de duas horas checando o WhatsApp, o Facebook ou o Instagram, o que faz muitas pessoas se definirem como viciados em redes sociais.

Há quem defenda que o termo vício pode não estar sendo aplicado corretamente, já que, para ser considerada uma viciada, uma pessoa precisa apresentar três sintomas: a compulsão, o aumento da tolerância e a abstinência.

Por fim, vem a abstinência, que são efeitos colaterais apresentados pelo corpo quando o uso daquela substância é interrompido de uma hora para a outra. Esses fatores são facilmente compreendidos em uso de drogas, mas se aplicam no uso de mídias sociais?

Psicólogos
Psicólogos não acreditam que vícios comportamentais, que são onde o vício em excessivo das redes sociais estaria enquadrado, são causadores de danos em potencial, mas não são propriamente vícios. Algo que fortalece este argumento é o fato de que o uso crônico de mídias sociais não está enquadrado como um vício no guia da Associação Americana de Psiquiatria, uma das maiores referências no tema. Porém, existem sim males que podem ter relação com muito tempo de tela. Entre eles, está o controle de como as pessoas se apresentam umas para as outras, que pode ser entendido como uma perda de personalidade.

Pesquisa
Em uma pesquisa de 2016, psicólogos descobriram que pessoas que são muito expostas à influência das redes sociais costumam sentir um grande desejo por ser magro. Isso, pode desencadear o desenvolvimento de distúrbios de imagem, como anorexia, vigorexia e bulimia.

Os especialistas também defendem que, na medida que o uso das redes sociais aumenta, a autoestima dos usuários tende a diminuir. Mas nada disso é indicativo que quem passa muito tempo em frente às telas é um compulsivo.

Apesar de não serem exatamente viciantes, as redes sociais não são exatamente inofensivas. Portanto, é importante sempre tentar manter o equilíbrio e utilizá-las com moderação para evitar que elas causem problemas reais e que podem até levar a vícios de fato.