EUA registram casos de tipo raro de câncer relacionado ao uso de silicone nos seios

2015-04-10_190211
Foram mais de 300 casos de LACG , com nove mortes decorrentes da doença

Foram mais de 300 pacientes, com nove mortes decorrentes da doença

Um tipo de câncer extremamente raro chamado de LACG (linfoma anaplástico de células grandes) foi identificado em 359 pacientes com um ponto em comum: todas se submeteram à colocação de prótese de silicone. O relato é da Food and Drug Administration (FDA) – órgão do governo americano responsável pela regulamentação de alimentos e medicamentos no país. Os registros referentes aos casos aconteceram entre 2016 e 1º de fevereiro deste ano.
Não existe uma confirmação por parte da agência de que os implantes são os causadores do LACG, mas evidências apontaram que as mulheres que possuem a prótese apresentam mais risco de desenvolver a patologia. De acordo com os relatos, as informações que existem até momento sugerem que mulheres com implantes mamários têm um risco muito baixo de desenvolver a doença, mas essa chance tem aumentado em comparação com as mulheres que não têm.
Segundo a FDA, a doença se desenvolve no tecido cicatrizado que se forma ao redor da prótese e na maior parte dos casos, pode ser tratada e parece estar mais associado às próteses com texturas. Normalmente, esse tipo de linfoma só é identificado após o aparecimento dos sintomas como dor, inchaço, acúmulo de líquidos, e afeta as células do sistema imunológico. Os tumores não podem ser considerados um tipo de câncer de mama, e surgem na pele ou nos gânglios linfáticos.
Os dados da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos indicam que, atualmente, mais de 10 milhões de mulheres no mundo possuem implantes mamários, mas menos de dez são diagnosticadas ao ano com câncer de mama relacionado ao implante.