Estudo de universidade norte-americana indica que existem quatro tipos de personalidades

2015-04-10_190211
Pesquisadores da Northwestern University examinaram dados de mais de 1,5 milhão de pessoas e descobriram que existem pelo menos quatro grupos distintos de personalidade

Pesquisadores da Northwestern University examinaram dados de mais de 1,5 milhão de pessoas e descobriram que existem pelo menos quatro grupos distintos de personalidade

 

Pesquisadores da Northwestern University, nos Estados Unidos, examinaram dados de mais de 1,5 milhão de pessoas e descobriram que existem pelo menos quatro grupos distintos de personalidade: regular, reservada, egocêntrica e exemplar. As descobertas desafiam paradigmas existentes na psicologia.
Publicado na revista Nature Human Behavior, o estudo utilizou questionários com 44 a 300 perguntas, nos quais voluntários se candidataram para responder em troca de ter mais informações sobre a própria personalidade.
“As pessoas tentaram classificar os tipos de personalidade desde o tempo de Hipócrates, mas a literatura científica descobriu que isso não fazia sentido”, disse William Revelle, professor de psicologia na Faculdade de Artes e Ciências de Weinberg, nos EUA.
“Agora, esses dados mostram que há densidades mais altas de personalidades”, falou Luís Amaral, da McCormick School of Engineering. “Os tipos de personalidade só existiam na literatura de autoajuda e não tinham lugar nas revistas científicas. Achamos que isso vai mudar por causa deste estudo.”
A partir das respostas dos questionários, os especialistas apontaram os cinco traços básicos de personalidade: neuroticismo, extroversão, abertura a novas experiências, simpatia e conscienciosidade. Depois de desenvolver novos algorítmos, surgiram quatro tipos de personalidades.

Regular
Pessoas regulares são ricas em neuroticismo e extroversão, e apresentam baixos níveis de abertura a novas experiências. As mulheres são mais propensas do que os homens a entrar nessa categoria.

Reservada
O indivíduo reservado é emocionalmente estável, mas não tem abertura ou neuroticismo. Não é extrovertido, mas é agradável e consciente.

Exemplar
Pessoas exemplares pontuam baixo em neuroticismo e alto em todas as outras características. Há mais mulheres nesta categoria. A probabilidade de alguém ser exemplar aumenta com a idade. “São pessoas confiáveis e abertas a novas idéias”, falou Amaral. “Essas são pessoas boas para se encarregarem das coisas. Na verdade, a vida é mais fácil se você tiver mais negócios com exemplares.”

Egocêntrica
Esse grupo pontua muito em extroversão e abaixo da média em abertura, simpatia e consciência. “São pessoas com quem você não quer sair”, afirmou Revelle. Há uma diminuição dramática no número de egocêntricos à medida que as pessoas envelhecem, tanto com mulheres quanto com homens.
Segundo Amaral, a primeira tentativa dos especialistas de classificar os dados utilizou algoritmos de agregação tradicionais, mas isso gerou resultados imprecisos.
“No começo, vieram 16 tipos de personalidade, e há pesquisas o suficiente para que soubesse que isso era ridículo”, declarou Revelle. “Eu acreditava que não havia tantos tipos.”
Por isso, os pesquisadores desenvolveram um novo método, reduzindo as possibilidade de agregação dos algorítmos. Esse procedimento revelou os quatro grupos.
Para ter certeza de que as categorias eram precisss, eles usaram um grupo de egocêntricos – garotos adolescentes – para validar as informações. “Sabemos que os adolescentes se comportam de maneira egocêntrica”, disse Amaral. “Se os algorítmos estivessem corretos e selecionados para dados demográficos, os resultados apontaria para os egocêntricos como o maior grupo de pessoas naquela situação.”
De acordo com os especialistas, esta pesquisa pode ajudar profissionais de saúde a avaliar as pessoas com personalidades extremas. Além disso, pode colaborar com a seleção de candidatos em vagas de emprego ou até para quem está procurando um parceiro amoroso.
A analise também aponta que, à medida que as pessoas amadurecem, seus tipos de personalidade mudam. Por exemplo, pessoas mais velhas tendem a ser mais conscientes e simpáticas do que aquelas com menos de 20 anos de idade. “Quando olhamos para grandes grupos de pessoas, fica claro que há tendências”, afirmou Amaral. “Algumas pessoas podem mudar suas características ao longo do tempo.”

Como lidar com personalidades diferentes no trabalho
Entenda como o outro trabalha
Cada pessoa tem uma forma específica de trabalhar para cumprir seus objetivos dentro da organização.
Enquanto alguns preferem a troca de e-mails, outros são adeptos do telefone ou de uma conversa pessoal. É preciso compreender e respeitar as preferências de cada um.

Critique de forma sutil
Críticas, de maneira geral, não costumam ser encaradas com bons olhos. Quando são negativas, podem levar a pessoa que as recebe a assumir uma posição defensiva que dificulta o diálogo.
Uma boa solução é utilizar a “técnica do sanduíche” que recomenda começar com um comentário positivo, apontar a falha de maneira assertiva e finalizar com outro comentário positivo.

Tenha em mente que vocês fazem parte de uma só equipe
Trabalhando no mesmo departamento ou não a empresa é uma só, com um único grande objetivo.
Compreender essa questão é muito importante para que as diferenças profissionais não atrapalhem o desenvolvimento de suas tarefas ou sejam levadas para a esfera pessoal.

Evite conflitos desnecessários
Cada discussão em que você se envolve no trabalho pode implicar em algum custo. Elas podem acontecer com colegas, clientes, fornecedores e até mesmo com seu chefe.
Levando em conta a particularidade de cada situação, o mais sábio é escolher quais conflitos valem a pena que você se envolva e se posicione.

Saiba que as personalidades podem se complementar
As diferenças de cada um podem também facilitar as relações interpessoais e até mesmo a execução de um projeto. Em um ambiente de trabalho, as pessoas podem ter uma interação com outras, cuja personalidade complemente a sua.

Valorize as qualidades de cada um
Cada pessoa possui especialidades e qualidades únicas. Reconhecer e respeitar esses pontos fortes, utilizando-os a favor da empresa, é uma excelente forma de transformar a diversidade em algo produtivo.

Sintomas de Transtorno de personalidade borderline
Indivíduos com Transtorno de Personalidade Borderline se caracterizam especialmente por sofrerem grande instabilidade emocional, desregulação afetiva excessiva, sentimentos intensos e polarizados do tipo “tudo ótimo e tudo péssimo” ou “eu te adoro e eu te odeio”, angústia de abandono, percepção de invasão do self, entre outros, que não raro geram comportamentos impulsivos perigosos sendo comum a presença recorrente de atos autolesivos, tentativas de suicídio e sentimentos profundos de vazio e tédio. O início do transtorno pode ocorrer na adolescência ou na idade adulta e o uso dos recursos de saúde e saúde mental é expressivo nesses pacientes.
Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline são verdadeiros vulcões prontos a explodir a qualquer instante. Elas apresentam alterações súbitas e expressivas de humor e suas relações interpessoais são intensas e instáveis sendo muito difícil o convívio próximo com elas.
Elas temem o abandono real ou temido, com frequência vivenciam sentimento crônico de vazio e reação pungente ao estresse, protagonizando sucessivas ameaças (ou tentativas) de suicídio e automutilação. O modus operandis desses pacientes traz um sofrimento enorme tanto para si próprios como para os que com eles convivem. Uma só palavra mal colocada, uma situação inesperada sem relevância ou uma leve frustração pode levar o borderline a um acesso de raiva e ódio que duram em média poucas horas. Outra característica importante é que o borderline nem sempre sabe lidar com o êxito. É comum que eles abandonem ou destruam seus alvos e metas justo quando a perspectiva de consegui-las é real e próxima.
Veja abaixo os critérios do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-V, na sigla inglesa) para que um paciente seja diagnosticado com Transtorno de Personalidade Borderline:
Esforços desesperados para evitar abandono real ou imaginário
Padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização
Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente da autoimagem ou da percepção de si mesmo
Impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente autodestrutivas (gastos, sexo, abuso de substância, direção irresponsável, compulsão alimentar)
Recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante
Instabilidade afetiva devida a uma acentuada reatividade do humor (disforia episódica, irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e apenas raramente de mais de alguns dias)
Sentimentos crônicos de vazio
Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (mostras frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes)
Ideação paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.