Estudo consegue reduzir impacto de mosca na plantação de morango

2015-04-10_190211

A  praga do morango Drosophila suzukii (também conhecido por suzuki,, ou drosófila-da-asa-manchada) é uma mosca originária do Japão capaz de perfurar frutos sadios ainda em desenvolvimento, acarretando perdas que variam de 30 a 80% da produção. Os frutos infestados ficam imprestáveis para a comercialização e o consumo.

Ainda não há inseticidas registrados no Brasil, mas já está sendo controlada nos pomares do Rio Grande do Sul graças a recomendações técnicas da Embrapa e da Emater… Além de estudar as ações realizadas em outros países, os pesquisadores observaram os hábitos do inseto no Brasil, buscando formas alternativas para o seu controle, como, por exemplo, a melhor posição para a instalação das armadilhas no cultivo, identificar os horários de maior atividade das moscas e também onde elas se escondem nos plantios.

Uma grande dificuldade para o controle é a facilidade de expansão desse inseto. As fêmeas depositam os ovos nas frutas próximo ao período de maturação, sem deixar danos aparentes. Dessa forma, mesmo com a postura, as frutas são colhidas, embaladas, transportadas, comercializadas, consumidas ou inutilizadas, dependendo do estágio de desenvolvimento do inseto. A visualização do inseto só acontece quando a fruta está completamente estragada, ou seja, com a larva desenvolvida, num período que varia de três a sete dias.

Outros danos secundários também podem acontecer posteriormente, como doenças causadas por fungos e bactérias que entram nos frutos a partir dos danos da drosófila. A ação da mosca Drosophila suzukii não é fácil de detectar nos pomares, pois o inseto é minúsculo e ainda pouco conhecido no Brasil. Desde 2008 a mosca vem causando prejuízos expressivos na América do Norte e Europa, além do Brasil, onde chegou provavelmente por meio da importação de mudas ou frutos.