Estudo confirma ligação de herbicida ao Mal de Parkinson

2015-04-10_190211

Cientistas da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, confirmaram que um dos herbicidas mais usados no mundo, o Paraquat, tem ligação com à doença de Parkinson. No Brasil, a Anvisa determinou em setembro o banimento do ingrediente ativo em três anos – período no qual os interessados poderão ainda apresentar provas de que pode haver uso seguro da substância.
O estudo utilizou a ferramenta de edição de genes CRISPR-Cas9, e se postula como prova de conceito de telas genéticas para pesquisar a biologia do estresse oxidativo, segundo o autor sênior do estudo Navdeep Chandel, professor de Medicina e Biologia Molecular da Divisão de Cuidado Pulmonar e Crítico.
De acordo com a pesquisa, o uso de Paraguat causa morte celular através do estresse oxidativo. Nos Estados Unidos e na União Europeia o herbicida já tem uso restrito, mas ele ainda é usado em alguns países da Ásia e em outros países em desenvolvimento. A ingestão de Paraguat pode ainda levar a fibrose pulmonar ou mesmo morte. O primeiro estudo que mostrou o risco de doença de Parkinson foi divulgado em 2011.
A maior causa do mal de Parkinson é a perda de função de neurônios de dopamina em uma pequena região do cérebro. Esses neurônios são conhecidos por serem altamente vulneráveis ao estresse oxidativo, levando cientistas a levantar a hipótese de que a doença de Parkinson seria ligada ao estresse oxidativo gerado pelo Paraguat.