Escolas públicas participam de projeto educativo em universidade

2015-04-10_190211
Atividade “Mão Iluminada” utilizou circuitos elétricos

Estudantes do Ensino Fundamental e Médio desenvolvem atividades interativas no campus da instituição

Uma série de atividades direcionadas a estudantes a partir do sétimo ano do ensino fundamental e os três anos do ensino médio estão sendo desenvolvidas no Campus Universitário da Região dos Vinhedos, com o objetivo de incentivá-los a conhecer o ambiente universitário e vivenciar a atmosfera científica e cultural comum a uma instituição de ensino e pesquisa.
Palestras, bate-papos, atividades interativas, oficinas, competições e práticas nos laboratórios, fazem parte das práticas interdisciplinares propostas pelos professores do campus aos visitantes.

Práticas  Interdisciplinares
A primeira escola a participar desse projeto foi o Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles. Os alunos estão envolvidos em duas atividades: “Mão Iluminada” e “Roleta do Conhecimento”, que se realizam às sextas-feiras de manhã e são coordenadas pela professora Roselice Parmegiani.
Conforme explica a professora Roselice, as duas atividades estão engajadas no projeto EngFut – Engenheiro do Futuro, que tem por intuito encantar os estudantes do ensino médio para cursos superiores nas áreas de exatas, especialmente as engenharias.
“Existe no Brasil uma grande demanda por mais e melhores engenheiros em todas as áreas e uma forma de atrair os alunos para estes cursos é propiciar-lhes vivências e experiências instigantes e desafiadoras”, salientou a coordenadora.

Aprendizagens com sentido
Na atividade “Mão Iluminada”, os alunos do 2º ano do ensino médio produziram, no laboratório de Química, uma mão de poliuretano e, no laboratório de Engenharia Elétrica, construíram os circuitos elétricos para o acionamento de led’s nos dedos da mão.
Para compreenderem melhor a experiência, os alunos tiveram que retomar importantes conteúdos de Física e Química, tais como, circuitos elétricos e seus elementos, fontes de energia, reações químicas, densidade, polímeros, dentre outros. “A garotada colocou a ‘mão na massa’ e divertiu-se fazendo soldagens e diversos experimentos”, comemora Roselice.
Já os estudantes do 3º ano, por sua vez, construíram a “Roleta do Conhecimento”, um jogo eletrônico inédito criado pelos acadêmicos de Engenharia e pelos técnicos Francisco Telöken e Luciano Salerno. Circuitos elétricos foram conectados a uma placa previamente construída para alimentar led’s piscantes de maneira aleatória.
O jogo eletrônico mede batimentos cardíacos e é acionado com batidas de palmas. Para concluir a atividade, os alunos colaram a placa em uma base de madeira, criaram uma arte com pirografia e testaram seus conhecimentos gerais em uma brincadeira com a roleta.
“Com certeza, estudar Matemática, Física e Química torna-se muito mais interessante quando atividades interdisciplinares e contextualizadas são promovidas para dar sentido à aprendizagem, pois os alunos conseguem estabelecer relações próximas com o seu cotidiano, suas vivências e seus conhecimentos prévios”, conclui a professora Roselice.