Enem 2017 tem quase 30% a menos de inscritos em Bento Gonçalves, na comparação com 2016

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Neste ano foram 2138 concorrentes, já em 2016 o número de candidatos chegou a 2959

O número de estudantes que realizaram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Bento Gonçalves em 2017 foi inferior a edição de 2016. Segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) neste ano foram 2138 concorrentes, já em 2016 o número de candidatos chegou a 2959. Em Caxias do Sul 9.848 pessoas estavam inscritas para prestar as provas, representando mais do triplo de candidatos que em Bento.
No último dia de prova os estudantes começaram a chegar no Campus da Região dos Vinhedos pouco antes do meio dia, quando faltava pouco mais de uma hora para o fechamento dos portões. A ansiedade e preocupação era visível no semblante de cada candidato, alguns deles considerados “veteranos” na prova.
O estudante Emanuel Caldeira que sonha em cursar Engenharia Civil, terminou o ensino médio há apenas um ano, mas já realiza o Enem há algumas edições. “Estou na minha quarta edição e posso dizer que este ano estou mais tranquilo porque me preparei mais”, diz. Já Luiz Eduardo Bordin não esconde a ansiedade ao realizar o exame a prova pela primeira vez. “Acho que com a separação da prova em dois finais de semana fica mais tranquilo e fácil. Durante o ano eu também fui muito bem orientado”, afirma.
O Enem, exame concorrido por estudantes de todo o Brasil é a chance também para quem sonha em cursar medicina, considerado um dos cursos mais difíceis e desafiadores. Emanuel Bettoni Nobre, no entanto, estava confiante com o segundo dia de prova.
“A expectativa é alta, porque a primeira prova de humanas que era para ser fácil estava mais difícil, mais conteudista, e agora tem a prova de exatas. Matemática, química e física assusta, mas estamos preparados. Eu acho ainda que essa preparação em dois finais de semana é pior, uma semana não vai fazer a diferença nenhuma”, opina.

Segundo dia de prova tem 32% de abstenções
O segundo dia de provas do Enem Médio (Enem) 2017 teve abstenção de 32%, segundo dados divulgados no domingo, dia 12. O índice de abstenções nesse segundo dia de provas ficou um pouco acima da média dos últimos anos. De acordo com o Inep, entre 2009 e 2016, a média de abstenções foi de 29,8%.

Gabarito extraoficial e resolução comentada
Pela primeira vez, o exame foi aplicado em dois finais de semana. Neste domingo, segundo dia de provas, os candidatos responderam às perguntas de matemática e ciências da natureza.
No domingo passado do dia 5 foram aplicadas as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação, que teve como tema os desafios da educação de surdos no Brasil.
Segundo balanço final do Inep, o primeiro dia teve 29,8% de abstenção. Dos 6.731.344 inscritos, 2.006.825 se ausentaram no domingo passado, percentual que ficou dentro da média histórica.
O gabarito oficial do Enem 2017 será divulgado pelo Inep até 16 de novembro. O Boletim de Desempenho será divulgado em 19 de janeiro para os participantes regulares.

Novidades
O Enem 2017 é o primeiro a ser aplicado em dois domingos consecutivos, como escolhido pela maioria dos que responderam à Consulta Pública promovida em janeiro. A mudança na ordem das áreas de conhecimento, as regras para isenção e justificativa de ausência, a solicitação de tempo adicional na inscrição, a declaração de comparecimento impressa pelo participante, as provas personalizadas e o detector de ponto eletrônico são outras novidades. O Exame deste ano também marca o fim do Atendimento Específico para Sabatistas, da Certificação do Ensino Médio e da divulgação do “Enem por Escola”. Também são novos o Atendimento Específico para Outra Condição Especial e a Vídeoprova Traduzida em Libras.

Como estudar em Portugal pelo Enem
Considerado o maior exame educacional do país e uma das principais formas de acesso ao ensino superior no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também é aceito em algumas instituições de ensino em Portugal.
Após alteração na legislação portuguesa, que permitiu que as universidades criassem processos seletivos para estrangeiros, várias instituições firmaram acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a fim de aproveitar os resultados do Enem para ingresso de brasileiros em suas graduações.
Adesão
O movimento começou no ano de 2014 e, desde então, só tem se intensificado. Atualmente, o Enem é adotado como critério de seleção de brasileiros em 27 instituições portuguesas.

Como se inscrever
Para concorrer a uma vaga em universidade portuguesa, os candidatos não devem ser nacionais de um Estado-membro da União Europeia ou residir legalmente há mais de dois anos, de forma ininterrupta, em Portugal.
Eles também precisam comprovar que concluíram o Ensino Médio. Geralmente, as instituições oferecem três prazos para inscrições, denominados de candidaturas. Elas são aceitas pela internet, exclusivamente, nos sites das universidades.

Processo Seletivo
Os inscritos são selecionados conforme o desempenho obtido no Enem. O ano de realização, as notas mínimas exigidas no Exame e os pesos específicos para cada área de conhecimento e curso variam conforme a universidade.
A escala de classificação portuguesa 0-200 é adotada em grande parte dos casos. Isso quer dizer que, neste caso, a pontuação do Enem, cuja escala é de 0-1000, será dividida por cinco.
Vale ressaltar que, em Portugal, o termo licenciatura é utilizado para se referir ao curso superior de forma geral e não ao grau universitário que dá o direito de exercer o magistério, como acontece no Brasil.

Custos
Inicialmente, os candidatos são submetidos às taxas de candidatura, que variam de 20€ a 110€ (euros), porém, em alguns casos, como na Universidade de Algarve, o procedimento pode ser realizado gratuitamente. Além disso, inscritos em determinados cursos podem ter despesas de quase 100€ com teste de aptidão física e desportiva ou com exame médico e de robustez física, quando necessário.
Em caso de aprovação, os calouros poderão desembolsar mensalidades de até 700€ ou anuidades que vão de 1.500€ a 7.000€ em até dez vezes. Em contrapartida, os melhores classificados e/ou bolsistas têm a chance de serem contemplados com descontos e pagarem taxas anuais inferiores, de 1.040€ a 2.250€.
Algumas instituições cobram, ainda, uma taxa de 20€ no início de cada ano letivo, como se fosse uma espécie de taxa de matrícula.
Já o custo mensal com alojamento, material escolar, transporte, alimentação e outras despesas básicas podem variar de 300 a 500 euros por mês. Em alguns casos, as instituições oferecem a possibilidade do estudante incluir alojamento e alimentação na anuidade do curso, resultando em um acréscimo de apenas 250€ por mês.