Embrapa lança duas tecnologias voltadas para a agricultura familiar e fruticultores

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Objetivo é reduzir uso de produtos químicos nas lavouras e elevar o nível de controle de pragas e doenças

 

Duas tecnologias geradas pela Embrapa Meio Ambiente, de Jaguariúna, de São Paulo, foram lançadas no dia 30 de abril, durante a 25ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow 2018), em Ribeirão Preto.
Trata-se de dois acessórios de eletrificação de gotas, que viabilizam a pulverização eletrostática, sistema onde gotas da calda são eletrificadas e, com isso, passam a ser atraídas pelas plantas-alvo. Esta dinâmica cria maior eficiência no controle de pragas e doenças e proporciona considerável redução dos custos do processo.
O primeiro sistema lançado pela Embrapa possibilita que todo pulverizador costal comum passe a operar com gotas eletrificadas. O produto chegará ao mercado por meio da parceria entre a Embrapa e a empresa Magnojet, de Ibaiti (PR). O equipamento é configurado para atender a maioria das culturas de pequeno porte, como olerícolas ou culturas em estufas, características da agricultura familiar, no uso de aplicações de tratamento fitossanitário, como inseticidas, fungicidas e acaricidas.
O segundo lançamento foi desenvolvido em parceria com a empresa FMCopling, de Araraquara (SP) e consiste em um conjunto de bicos pulverizadores para equipamentos tratorizados, que visa atender as demandas de médios produtores de frutas e café, além de outras culturas arbustivas e arbóreas.

Menos agressão ao meio ambiente
Conforme destacou o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, “são tecnologias capazes de modernizar os tratos culturais e elevar o nível de controle de pragas e doenças, com redução do uso de produtos químicos nas lavouras, o que também diminui o impacto no ambiente, além de gerar segurança e economia.”
O pesquisador da Embrapa Aldemir Chaim explica que na técnica de pulverização eletrostática, pequenas gotas com carga positiva são atraídas pela carga neutra das plantas – estas, por sua vez, passam a ser negativas e atraem as gotas dos agrotóxicos, aumentando a eficiência de aplicação na medida em que reduz as perdas. “Com os equipamentos, os produtores terão acesso à tecnologia de ponta para realizar o controle fitossanitário de pragas e doenças de suas culturas, de forma mais racional e adequada, colocando diretamente na planta-alvo a quantidade de calda adequada, evitando os excessos”, destaca.