Embrapa alerta para aumento incidência das moscas-das-frutas

2015-04-10_190211

Na semana de 4 a 11 de janeiro foram capturadas 60 moscas-das-frutas nas armadilhas instaladas na região da Serra Gaúcha. Comparada com a safra 2017/18, a população do inseto, nas últimas semanas, está bastante elevada, reforçando a importância dos produtores efetuarem práticas de controle da praga. Atribui-se essas infestações elevadas principalmente aos frutos abandonados nos pomares, em muitos casos descartados para o consumo, por estarem com danos ocasionados pelo granizo.

Com a proximidade do final da safra, é importante:
Não deixar frutos maduros nas plantas. Eliminar os frutos que ficam no chão no interior do pomar. Destruir os frutos sobremaduros que são descartados nas câmaras frias.
Efetuar a aplicação da isca tóxica de forma mais intensa. Basicamente a isca tóxica deve ser preparada associando um atrativo (melaço de cana ou proteína hidrolisada) com um inseticida de contato, como o malathion, e fazer a aplicação nas bordas dos pomares. Devido à pressão do inseto nos pomares, essa prática dever ser efetuada, no mínimo, uma vez por semana, além de alternar filas no interior do pomar. Caso chova, repetir após cada chuva.
Dos inseticidas registrados para o manejo da mosca-das-frutas em pessegueiro, os melhores resultados são obtidos com o Elleito (acetamiprido + etofemprox) ou o Fosmet (Imidan 500). Respeitar o período de carência de 3 e 7 dias, respectivamente.

Dica da semana
Como a safra das cultivares tardias de pessegueiro está sendo finalizada, é importante que o controle cultural (destruição de frutos) seja realizado. Essa prática deve ser reforçada nas regiões onde existem outras frutíferas mais tardias, que também podem ser afetadas pelo ataque do inseto. Ao final da safra do pêssego, os produtores devem instalar as armadilhas de monitoramento nesses outros pomares para acompanhar a infestação do inseto.