Economia dá sinais de melhora após desaceleração da pandemia

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Especialista considera, no entanto, que crescimento deve “perder tração” no fim do ano

Dados recentes mostram que a economia brasileira tem dado sinais de respiro após meses no vermelho. Nessa quinta-feira (3/6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1%

Outro sinal de melhora na economia é a queda no preço do dólar que, desde 14 de maio, permanecesse abaixo de R$ 5. Além disso, as contas públicas alcançaram um superávit primário de mais de 140 bilhões de janeiro a abril deste ano. A inflação também apresentou queda mensal de 65% em maio.

A taxa de desemprego também apresentou queda. De acordo com o IBGE, a desocupação ficou em 10,5%, menor número desde 2015. O economista João Fernandes avalia que o número aponta para uma recuperação da confiança das empresas com o arrefecimento da pandemia de Covid-19.

“A gente teve uma demora para a recuperação econômica pós-pandemia se traduzir em contratações. Acabamos passando cerca de um ano com a economia crescendo sem que houvesse uma recuperação do emprego”, explica.

Esse ritmo, segundo o especialista, foi motivado pela instabilidade provocada pela crise sanitária. O receio de uma nova onda de Covid, que levasse à volta dos lockdowns, fez com que empresários segurassem as contratações mesmo que houvesse uma melhora na receita. Agora, com o cenário mais estável, essas contratações se aceleraram.

Além disso, os setores que dependem de maior circulação de pessoas, como varejo, restaurantes e serviços de lazer, também ganharam força com a diminuição nos índices de letalidade da pandemia. Dessa forma, cresceu a necessidade de mão de obra. “Foi um processo de acúmulo de resultados positivos de cada um desses setores. Isso também resulta no crescimento nas projeções do PIB”, observa.

no primeiro trimestre de 2022, em relação ao quarto trimestre de 2021, e 1,7%, se comparado ao mesmo período do ano passado.