Dona de casa desaparecida há mais de 72 horas

2015-04-10_190211
Juraci esta desaparecida desde a ultima quinta-feira, 04

Juraci Rosseto, moradora da Linha Eulália, interior de Bento Gonçalves está desaparecida desde a última quinta-feira (04). A mulher sumiu após ser deixada pelo esposo no posto de saúde do bairro São Roque para atendimento

 

Na noite de segunda-feira (08), a equipe do Jornal Gazeta entrou em contato com o esposo de Juraci, que relata os fatos. Na quinta-feira, a mulher disse sentir-se mal, com fortes dores de cabeça e pediu que o esposo a levasse ao posto para uma consulta. O marido a deixou no posto por volta das 13h, e foi até o banco, pois, um dia antes, a mulher pegou todos os cartões de banco do casal e disse que “iria transferir um valor para a conta do esposo”, o que não aconteceu o dinheiro foi sacado.
Ao retornar ao posto, teve informações de que a mulher não havia sido atendida. Ele foi então até a Unidade de Pronto Atendimento UPA para verificar se Juraci não teria ido até lá. No local, o homem teve a mesma informação do posto de São Roque: a esposa não teria passado por ali. “Eu a procurei em todos os hospitais e ninguém sabia do paradeiro dela”, disse Antônio, esposo de Juraci.
Na tarde do mesmo dia, a mulher ligou de um telefone de número desconhecido para a filha, dizendo que teria de ser internada no Hospital Tacchini para fazer uma tomografia e pedindo para que a filha solicitasse ao pai, que fosse buscá-la na manhã da sexta-feira (05). O marido ficou intrigado e retornou ao Hospital Tacchini, e, novamente foi informado de que a mulher não estaria lá. Depois de ligar para a esposa por várias vezes sem sucesso, o homem decidiu registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, onde foi informado, que o “registro de desaparecimento só é validado após 72h”. Com isso, ele retornou para casa.
Na manhã da sexta-feira (05), ele voltou ao hospital, e aguardou por algumas horas, mas ela não apareceu. Na tarde do mesmo dia, Juraci foi vista por uma mulher que varria a calçada no bairro Zatt. Segundo esta mulher, Juraci teria se aproximado dela e pedido um copo de água. A mulher a reconheceu e perguntou se ela queria ajuda, se estava bem. Ela respondeu que estava bem, que estava muito cansada e que estaria indo para casa. A mulher ligou para a família que prontamente deslocou-se até o local, mas novamente, sem sucesso em encontra-la.
Alguns dias antes de sumir, a mulher queixou-se de dores na cabeça. Antônio, seu esposo, levou-a até a UPA, onde o médico de plantão receitou uma medicação e pediu ao marido para que ficasse de olho nela, para que não a deixasse sozinha. Pediu também que eles procurassem um especialista, “pois a mulher poderia estar com depressão”.
Antônio precisava fazer uma viagem a Londrina e, para não deixar a esposa, convidou-a para acompanha-lo. “Passamos cinco dias juntos e não percebi nada de errado. Ela estava feliz”, relata ele. Ao retornar, a mulher passou mais três dias na casa de seu pai, que também não notou nada que contribuísse para o sumiço de Juraci.
O marido conta que há três anos, a mulher já havia desaparecido por três dias, e que retornou para casa. Ela nunca disse exatamente onde estava. “Perguntei algumas vezes, mas como percebia que ela ficava muito nervosa, parei de perguntar e esqueci-me deste fato”, destaca. Ele afirma ainda que o casal nunca teve nenhuma briga e que a relação dos dois é ótima. “Em 36 anos de casados, nunca brigamos. Tivemos uma discussão há mais de 15 anos atrás, mas sem alterações”, afirma.
Até o fechamento desta edição, Juraci não havia sido encontrada. A família pede que qualquer informação seja repassada pelos telefones (54) 997086546, (54) 996911573 ou (54) 999468125, ou ainda pelo 190.