Doenças relacionadas à gripe provocam até 650 mil mortes por ano no mundo

2015-04-10_190211
Número foi maior que no último estudo, realizado há dez anos, quando apontou 500 mil mortes

Até 650 mil pessoas morrem anualmente por doenças respiratórias relacionadas à gripe, segundo estimativa divulgada na quinta-feira (14), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir de levantamento do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (US-CDC, na sigla em inglês). O número é maior do que o último estudo, divulgado há dez anos, que indicou até 500 mil óbitos anuais.
A maioria das mortes ligadas à gripe ocorre nas regiões mais pobres do globo. A África Subsariana, o Leste do Mediterrâneo e o Sudeste Asiático são as áreas com maior risco de óbitos em consequência dessas enfermidades. As nações em desenvolvimento são responsáveis por quase todas as perdas de crianças com até 5 anos por essa causa.
Na análise por faixa etária, a maior ocorrência do problema está entre pessoas com mais de 75 anos, com taxa de 223 mortes a cada 100.000 indivíduos. No grupo entre 64 e 75 anos, o índice cai para até 44 óbitos a cada 100.000 indivíduos, e para homens e mulheres com idade abaixo de 64 anos, a taxa de mortes é de 6,4 a cada 100.000 habitantes.
Segundo os autores do estudo original usado como base para a divulgação da OMS, levantamentos anteriores subestimaram o problema e as causas do índice devem ser melhor investigadas por autoridades de saúde e pesquisadores, incluindo causas não relacionadas à respiração.

Brasil
O Ministério da Saúde registrou 2.629 casos de gripe ao longo do ano, com 487 mortes. Em 2016, ano em que houve uma ocorrência muito grande do vírus H1N1, foram 12.174 casos e 2.220 mortes. Em 2015 e 2014, os números foram mais baixos do que os registrados até agora em 2017, com 1.089 casos e 175 óbitos e 1.794 casos e 326 falecimentos, respectivamente.