Divórcio de pais afeta as crianças de diferentes maneiras em cada fase da vida

2015-04-10_190211
A separação de um casal se torna mais complicada quando envolve os filhos

As crianças podem sofrem com um grande temor de serem abandonadas, junto com uma profunda sensação de perda

A separação de um casal é sempre um problema que ultrapassa a vida afetiva e se torna mais complicada quando envolve os filhos. Às vezes, esse é o motivo pelo qual o casal continua junto, mesmo não tendo mais afinidade, apenas para manter as aparências para as crianças e tentar estabelecer uma “família”. No entanto, quando a convivência se torna impossível, o melhor a optar é pela separação e quanto menor a criança, mais dificuldades terá para entender o porquê disso.

Divórcio na gravidez
Se a separação ocorre durante a gravidez ou durante os primeiros meses de vida, é provável que a criança se veja afetada pelo estado de ânimo da mãe, e, portanto possa nascer com pouco peso ou com atraso no desenvolvimento cognitivo e emotivo.

Divórcio com filhos entre 1 e 2 anos
Na época da separação, é provável, que a criança torne-se muito tímida, comporte-se como uma criança menor que sua idade afetiva, requeira muito mais atenção e tenha pesadelos noturnos.

Divórcio com filhos entre 2 e 6 anos

A criança não entende ainda o que é uma separação, mas ao notar que um dos membros do casal não dorme em casa, é provável que pense que é por sua culpa, e reaja de formas opostas: ou fique muito obediente (pensando se for bom, o papai voltará), ou também muito mais agressivo ou rebelde, como era de se esperar quanto ao seu caráter.
Nesta idade, alguns dos pequenos negam a separação tanto a si mesmos quanto aos demais (mentem aos parentes ou amigos, dizendo que seus pais ainda dormem juntos à noite, e continuam brincando de bonecas durante meses, simulando sua própria família e fazendo que seus pais durmam um ao lado do outro).
As crianças sofrem ainda um grande temor de serem abandonadas, junto com uma profunda sensação de perda e de tristeza. Podem sofrer transtornos do sono, de alimentação, e adotar condutas regressivas.

Divórcio com filhos entre 6 e 9 anos
Aparecem sentimentos de rejeição, fantasias de reconciliação e os problemas de atitude. É possível que as crianças experimentem raiva, tristeza e nostalgia pelo pai que se foi. Nos casos em que os cônjuges tenham tido conflitos graves, alguns filhos podem viver uma luta entre seus afetos pelos pais e pela mãe. Outras vezes, se descuidam no aspecto material, obrigando-os a prepararem a comida, a vigiar os irmãos menores e assumam responsabilidades muito pesadas para sua idade.

Divórcio com filhos entre 9 e 12 anos

Os filhos podem manifestar sentimentos de vergonha pelo comportamento dos seus pais, e cólera ou raiva pelo que tomou a decisão de se separar. Além disso aparecem as tentativas de reconciliar aos seus pais, o descontrole dos hábitos adquiridos e problemas somáticos (dores de cabeça, estômago, etc.).

Divórcio com filhos adolescentes

Dos 13 aos 18 anos, a separação dos pais causará problemas éticos, e provocará, portanto, fortes conflitos entre a necessidade de amar ao pai e a mãe e a desaprovação de sua conduta. Geralmente as reações mais comuns nesta etapa são:
• Amadurecimento acelerado, ou seja, o adolescente adota o pai progenitor ausente, aceitando suas responsabilidades;
• Por outro lado poderá adotar uma conduta antissocial: não acata nem aceita normas, desobediência, condutas de roubo, consumo de álcool, drogas, etc.
Frases que podem ajudar as crianças a superarem bem o divórcio
1. O divórcio não é sua culpa.
2. É normal pensar e sentir algo a respeito.
3. O que você pensa e sente tem importância.
4. É natural que os pais chorem.
5. Você será cuidado, mesmo os pais não estando juntos.
6. Outras crianças experimentaram a mesma situação e tudo acabou bem.
7. Há pessoas com quem eles podem conversar.
8. Há coisas que você pode fazer para se sentir melhor e ajudar seus pais.
9. Você continua a ser amado depois do divórcio.