O dia 1º de maio marcou uma grande conquista para as 1.110 famílias associadas da Cooperativa Vinícola Aurora: o investimento de R$ 20 milhões numa nova unidade fabril, de 14 mil m², destinada à concentração e expedição dos sucos de uva e vinhos de mesa.
Durante o almoço comemorativo, quando o Presidente do Conselho de Administração da Vinícola, Itacir Pozza falou para mais de 3,5 mil pessoas, entre família associada, funcionários, fornecedores, autoridades e convidados sobre a “mais moderna e eficiente unidade fabril de nossa história de 88 anos”. “É uma fábrica 100% sustentável, que chega como grande exemplo de modernidade, unindo o respeito inegociável ao meio ambiente e a comunidade que nos cerca”, destacou Pozza.
O Conselho de Administração da Vinícola, admite que construir este unidade foi uma iniciativa ousada, mas “sem ousadia, não há evolução. E esta evolução está alicerçada em bases sólidas, com recursos da nossa empresa”, destacou.
“Com esta nova fábrica, ganhamos fôlego para continuarmos crescendo com estrutura de produção, envase, expedição e logística para mais 50 anos”, garantiu Pozza.
Já o Diretor-superintendente da Vinícola, Hermínio Ficagna, agradeceu à equipe de gestores e colaboradores, e em especial a equipe comercial e em especial aos representantes que com seu trabalho estimula o crescimento da empresa, ” que dobrou o faturamento da cooperativa nos últimos cinco anos e planejamos repetir nos próximos, para isto, precisamos de estrutura”, ressaltou.
Ficagna não ficou somente nos agradecimentos, partiu forte para cobranças políticas, lembrando que “ano após ano vivemos em um país com muitas incertezas, onde impera a falta de confiança, crise moral e política. Porém, temos que continuar com as nossas atividades e pouco ou nada adianta ficarmos na lamentação, temos que ser corajosos, enfrentar de cabeça erguida os desafios, superando as incertezas dos momentos de crise, como a que vivenciamos no atual cenário econômico”, destacou.
Mesmo no cenário de crise a cooperativa alcançou índices de crescimento que possibilitou crescer, alcançar “índices fantásticos, que contribuíram para realizar este sonho de aumentar a capacidade produtiva instalada e nossa competência logística”, revelou Ficagna.
O Diretor-superintendente revelou que em agosto inicia a produção de envase e expedição na nova unidade fabril. Para tanto será deslocada uma linha de envase da matriz, que por sua vez será reformulada para dar mais agilidade no processo.
Ficagna destacou que a Cooperativa comercializou 63 milhões de litros envasados em 2018 e, nos últimos cinco anos, duplicou o faturamento. Feito que nunca havia sido registrado em 88 anos de história. Lembrou também que emprega mais de 500 colaboradores e, junto com 1.100 famílias associadas, somam-se quase seis mil pessoas que vivem diretamente da Aurora. “A Cooperativa gera anualmente mais de R$ 150 milhões para os cofres públicos em impostos”, destacou para cobrar que ” lamentavelmente a malha rodoviária de entrada e saída da Serra Gaúcha é péssima para escoar nossos produtos. Uma lástima que uma região como a serra gaúcha que tanto contribui e impulsiona a economia do Estado e do País recebe desprezíveis considerações”, cobrou em seu discurso.
“Se não bastasse, Aurora terá que arcar com os custos da rotatória em frente a nova fábrica, para poder escoar a produção. Em pleno século 21, e arrecadando tantos impostos, a iniciativa privada ainda é obrigada a fazer o papel que é de responsabilidade dos governos, ” cobrou Ficagna, ressaltando que o setor já está calejado “de tanto se curvar nos seus legítimos pleitos feitos em todas as esferas governamentais e sempre ouvir um sonoro: não”.
Para finalizar pediu valorização à agricultura e aos vinhos ,às autoridades de todas as esferas. “estes mesmos vinhos que são respeitados, premiados e valorizados em concursos mundialmente reconhecidos.”
Pasin em seu discurso vazio e pedindo aplausos a um público alheio o conteúdo de seu pronunciamento, não tinha o que mostrar/anunciar, antecipou a fala do governador Eduardo Leite ( que chegou atrasado, depois de compromissos em Gramado) e anunciou revisão da substituição tributária do setor vitivinícola, que é uma reivindicação antiga que excluiria do regime para produtos vitivinícolas, pois onera a indústria vinícola por ter de antecipar o recolhimento do ICMS antes da venda para o consumidor.
