Desacelerando a infância: Por que conhecer o Slow Parenting?

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O objetivo não é ser lento ou devagar, mas “fazer menos”, encontrando tempo para valorizar cada fase do desenvolvimento dos filhos

Sai da escola direto para a natação, da natação direto para o inglês, do inglês sai correndo para a aula de música, da aula de música para o espanhol, do espanhol para o judô, do judô para o reforço escolar e por aí vai… Os adultos, preocupados em oferecer o melhor e possibilitar um futuro de sucesso para as crianças, sobrecarregam a rotina dos pequenos com atividades e cursos extracurriculares. No entanto, uma agenda cheia não é garantia de sucesso e, pelo contrário, pode interferir no desenvolvimento das crianças, gerando ansiedade e estresse. Se contrapondo a essa rotina atribulada que cerca os pequenos, surgiu o Movimento Slow Parenting ou “Pais sem pressa”, que busca desacelerar a infância das crianças.

O que é o Movimento Slow Parenting?
Tendo, como um de seus precursores, o jornalista e escritor Carl Honoré, o Movimento Slow Parenting (“pais sem pressa” em tradução livre) tem como premissa criar os filhos com menos pressão e mais espaço e incentivo para que as crianças se desenvolvam sem pressa ou antecipação. O objetivo não é ser lento ou devagar, mas “fazer menos”, encontrando tempo para realizar determinadas atividades e valorizando cada fase do desenvolvimento dos filhos. Basicamente, é sobre se desapegar da ideia de que crianças são pequenos adultos. As crianças são crianças e precisam de tempo para aproveitar, com calma e tranquilidade, sua infância.

10 princípios para se tornar um pai ou uma mãe sem pressa

Menos Gadgets, mais tempo em família
Desligue todo tipo de tecnologia por pelo menos 1 hora por dia (mais é ainda melhor) – incluindo a dos pais!

Novas amizades
Deixe os pequenos relacionarem-se com outras crianças. Não tente ser o melhor amigo dos seus filhos: os melhores amigos deles têm que ser outras crianças!

Saber ouvir e saber observar
Aprenda a perceber os sinais dos seus filhos – quando estão felizes com o que fazem ou quando estão esgotados por terem uma agenda extra preenchida. Ouça-os com atenção. Afinal, o objetivo é que sejam felizes, certo?

Papel de pais
As atividades extracurriculares são importantes, pois ajudam a trabalhar a mente e o corpo, mas quando são exaustivas tornam-se prejudiciais. A melhor escola é a sua casa, e os melhores professores são os pais.

Brincar e brincar até cansar
O dever (e direito) de uma criança é brincar. Crie tempo e espaço para a brincadeira quer seja individual, com a família ou com amigos no parque.

Sem compromissos
Crianças até aos cinco anos não precisam de uma série de atividades programadas. Podem e devem fazer o que gostam e aprender de forma espontânea.

Limites
É importante saber quando e como dizer “não”. Estabeleça limites!

Menos é mais
A criatividade e a curiosidade pela aprendizagem, muitas vezes, nascem do tédio.

Dê tempo aos seus filhos
Cada criança tem o seu ritmo. Não apresse o desenvolvimento dos seus filhos. Aproveite cada momento, porque todos eles são únicos. Você vai sentir que o tempo passou voando e que daria tudo para ter mais uns minutos de brincadeira, de mimos e de palhaçadas.

 

Fonte: Leiturinha