Cresce o número de jovens contaminados no Estado

2015-04-10_190211

A baixa letalidade é um dos motivos do maior descaso de jovens, se resguardando menos e, por vezes, protagonizando aglomerações

 

Desde março, quando foi registrada a primeira morte pelo coronavírus no Rio Grande do Sul, o perfil das vítimas fatais continua o mesmo, a maioria são homens de cor branca e idade acima de 60 anos.
Apesar de o fenômeno mostrar um ritmo de contágio acelerado entre adolescentes de 15 a 19 anos e jovens entre 20 e 29 anos no Estado ao longo de novembro, às vítimas do vírus são as mesmas, idosos têm morrido ainda mais no que está sendo considerada a segunda onda.
Entre março e outubro, 80,24% das mortes registradas foram de pessoas com 60 anos ou mais. Já de novembro até a última segunda-feira (7), o total de óbitos nessa faixa etária chegou a 83,88%, com um aumento prin

cipalmente no número de vítimas fatais do coronavírus entre 70 e 79 anos de idade.
O sexo masculino responde por 55% dos óbitos, e a faixa etária acima de 80 anos de idade apresenta o mais alto percentual entre todas, com 29% dos registros — a população entre 70 e 79 anos aparece logo em seguida, com 28%.
As vítimas no Rio Grande do Sul entre 50 a 59 anos somam cerca de 11% desde março, com pouca variação nos últimos meses, e um entre cada 10 mortos contava menos de 50 anos.
A grande maioria dos óbitos envolveu ainda portadores de outras doenças associadas, como complicações cardíacas ou diabetes. Nove de cada 10 pessoas que morreram com coronavírus tinham pelo menos uma comorbidade.
]O ritmo de contágios no Estado, em especial nos jovens, ganhou força a partir da segunda quinzena de outubro. Desde então, com o retorno das temperaturas amenas, os feriados prolongados e até mesmo as eleições municipais levaram a um aumento na circulação de pessoas. Com isso, aglomerações se tornaram mais frequentes e isso está se refletindo em novos casos de covid-19.
Mesmo que o contágio de jovens de 15 a 29 anos tenha crescido para 24% dos casos de covid-19 no Rio Grande do Sul em novembro, eles representam apenas 0,4% dos óbitos provocados pela doença no período. A baixa letalidade é um dos motivos do maior descaso de jovens, se resguardando menos e, por vezes, protagonizando aglomerações.